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"Este novo pacote vai financiar a defesa da Ucrânia e sua capacidade de resistir à invasão russa no próximo ano"

O comentador da SIC Germano Almeida refere que grande parte do material de guerra já está perto da Ucrânia, estará já na Alemanha e a Polónia e em breve estarão nas mãos de Kiev.

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O Senado dos Estados Unidos aprovou, após meses de bloqueio, um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que pode chegar a Kiev esta semana. Uma ajuda que que vai financiar a defesa da Ucrânia e sua capacidade de resistir à invasão russa no próximo ano, diz Germano Almeida.

“Grande parte do material já está perto da Ucrânia. Há indicações, de fontes não identificadas da Casa Branca à imprensa norte-americana, de que a Alemanha e a Polónia serão dois países que estarão já a albergar parte desse material - estamos a falar essencialmente de sistemas Himars, baterias Patriot e mísseis ATACMS", explica Germano Almeida.

Este novo pacote vai financiar a defesa da Ucrânia e sua capacidade de resistir à invasão russa no próximo ano. O primeiro pacote de ativação será de 1000 milhões e vai ter essencialmente mísseis ATACMS.

“Na minha opinião, esta aprovação é um game changer porque além de garantir a ajuda americana, pelo menos até à posse do novo Presidente, seja ele, Biden ou Trump, exerce aqui uma espécie de efeito dominó, ou seja, já ontem tivemos uma confirmação do maior pacote inglês de 580 milhões e também do maior pacote dinamarquês de 420 milhões que sucedem à aprovação americana”.

Contrariar os avanços russos

A Rússia afirma que o exército tomou várias localidades ucranianas na última semana e estimou em cerca de 500 mil militares ucranianos mortos desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

“A situação na Ucrânia no terreno continua a ser bastante difícil, porque a Rússia está há vários meses com uma supremacia que sabemos não tem sido concretizada com grandes avanços. Eu recordo que no último ano a Rússia teve 2 conquistas: Bakhmut e Avdiivka. Nas últimas semanas, a Rússia tem reivindicado conquistas, mas são de aldeias, localidades muito pequenas”.

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, tem sido, nas últimas semanas, um dos maiores alvos de Moscovo, sobretudo as infraestruturas de produção de energia. Há dois dias, a torre de televisão da cidade ficou destruída num ataque.

“A chave nas próximas semanas está em Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, que nas primeiras semanas de guerra chegou a ser tomada pelos russos e foi recuperada pela Ucrânia. Nas últimas semanas tem sido fustigada, nomeadamente pela sua infra-estrutura e elétrica, zonas habitacionais num tipo de flagelação russa que parece e faz lembrar Mariupol”.

“A ação russa na linha da frente continua a ser essencialmente para tentar fechar Donetsk. O objetivo mais imediato dos russos é Chasiv Yar, os russos têm o objetivo de de lá chegar em até 9 de maio, acho acho difícil e esperemos que isso não aconteça”.

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