Quase 24 horas depois do atentado terrorista em Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, falou ao país. De gravata preta, o líder russo anunciou que foi decretado um dia de luto nacional, que será este domingo, e responsabilizou a Ucrânia e “os nazis” pelo que classificou de “massacre sangrento”.
"Os quatro atacantes foram detidos”, garantiu o Presidente da Rússia, que falou ao início da tarde deste sábado (final da manhã em Portugal continental) sobre o que classificou de “ataque terrorista bárbaro e sangrento”.
“Os autores deste crime vão pagar. Descobriremos o nome de cada um. Isto é um golpe contra a Rússia”, declarou, sublinhando que os suspeitos foram detidos quando tentavam escapar para a Ucrânia.
“Tentaram esconder-se e seguiram em direção à Ucrânia, onde, segundo dados preliminares, foi preparada uma janela de fuga do lado ucraniano”, afirmou, mantendo a tese que desde logo o Kremlin tornou pública de que Kiev está envolvida no atentado.
Putin declarou ainda um dia de luto nacional, que será assinalado este domingo, e transmitiu condolências às famílias das vítimas, apelando à união.
"Um destino desastroso aguarda os terroristas, assassinos e feras, que não têm e não podem ter nacionalidade: vingança e esquecimento. Eles não têm futuro", assegurou.
O Presidente russo afirmou também que espera cooperar com todos os países que estejam dispostos a "unir forças na luta contra o inimigo comum, o terrorismo internacional em todas as suas manifestações".
Pelo menos 115 pessoas morreram no ataque de sexta-feira a uma sala de concertos nos arredores do Moscovo, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), anunciou hoje a Comissão de Investigação.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.