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Rio de Janeiro decreta estado de emergência por causa da dengue

Ainda este mês arranca uma campanha de vacinação pública contra a dengue no Brasil. A prioridade será vacinar crianças e adolescentes entre os 10 anos e 14 anos, por representarem o maior número de internamentos.

Cientista analisa mosquitos num laboratório do Programa Mundial contra Mosquitos em  Medellin, Colômbia, agosto de 2023.
Cientista analisa mosquitos num laboratório do Programa Mundial contra Mosquitos em Medellin, Colômbia, agosto de 2023.
Jaime Saldarriaga / AP

As autoridades do Rio de Janeiro, a segunda cidade mais populosa do Brasil, decretaram esta segunda-feira o estado de emergência em saúde pública devido ao rápido aumento de casos de dengue. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, foram registadas só no mês de janeiro 10.156 ocorrências de casos de dengue na cidade, quase metade dos 22.959 casos registados em todo o ano de 2023.

Na última sexta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmaram numa conferência de imprensa que a cidade vive uma epidemia de dengue e que o mês de janeiro bateu o recorde de internamentos, segundo os dados da série histórica que começou em 1974.

Em resposta, o Rio de Janeiro apresentou um plano de contingência que prevê medidas de assistência à população e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor que transmite o vírus da dengue.

Entre as medidas anunciadas estão a abertura de dez polos de atendimento e a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue).

Dados do Ministério da Saúde do Brasil informam que em janeiro, em todo o país, foram registados 262.247 casos prováveis de dengue. Em 2023, o país sul-americano registou mais de 1,6 milhões de casos da doença, mais de um quinto de todos os notificados no mundo, e 1.094 mortes, um recorde histórico.

O Brasil começará uma campanha de vacinação pública contra a dengue ainda este mês.

Num primeiro momento a prioridade será vacinar crianças e adolescentes entre os 10 anos e 14 anos, por representarem o maior número de internamentos pela doença.

O Brasil prevê receber até 6,2 milhões de doses de uma vacina japonesa contra a dengue em 2024. Porém, por se tratar de uma vacinação que requer duas doses de vacina, esse valor abrange apenas 3,1 milhões de pessoas, sendo insuficiente para enfrentar a atual explosão de casos.

Com Lusa

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