A Rússia e a NASA concordaram em prolongar o programa de voos cruzados para a Estação Espacial Internacional (ISS) até 2025, anunciou esta quinta-feira a Agência Espacial Russa Roscosmos.
“Para manter a fiabilidade do funcionamento da ISS em geral” e garantir a presença de pelo menos um representante da Roscosmos e da NASA nos respetivos segmentos da estação, “foi alcançado um acordo com os parceiros americanos em 2023 para estender os voos cruzados até 2025”, anuncia a Roscosmos em comunicado citado pela AFP.
Os voos cruzados envolvem o envio de um astronauta americano para a ISS como parte da tripulação de uma nave russa Soyuz e vice-versa - um cosmonauta russo como parte de uma tripulação americana.
A 26 de julho de 2022, a Rússia anunciou que vai deixar de operar a Estação Espacial a partir de 2024, mas em maio de 2023 acabou por concordar permanecer a bordo até 2028.
Nova estação orbital russa
A criação de uma nova estação orbital russa foi apresentada como prioridade pela Roscosmos.
Em outubro, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o primeiro segmento desta nova estação espacial russa deveria ser colocado em órbita em 2027, prometendo continuar a conquista do espaço, apesar dos recentes reveses.
O setor espacial russo, que tem sido historicamente o orgulho do país, sofreu durante anos com problemas de financiamento, escândalos de corrupção e falhas como a perda da sonda lunar Luna-25 em agosto.
Parceria que junta nações “rivais” há mais de 25 anos
Modelo de cooperação internacional que reúne Europa, Japão, Estados Unidos e Rússia, a ISS começou a ser montada em 1998. O seu fim estava previsto para 2024, mas a NASA estima que poderá operar até 2030.
A ISS é o maior laboratório científico construído fora da Terra. Está em órbita há mais de 25 anos a cerca de 400 km de altitude. O primeiro módulo foi lançado a 20 de novembro de 1998, mas a evolução é contínua. É a maior construção que o Homem fez fora da Terra numa parceria que junta nações "rivais".