Guerra Rússia-Ucrânia

Famílias saem da Rússia e criam raízes na América Latina, atribuídos mais de 9 mil vistos em 2023

Há muitas razões para a América Latina se ter tornado numa região tão procurada pelas famílias russas. Como o acesso facilitado a vistos de residência e processos mais simples para obter a cidadania.

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Sem fim à vista para a guerra na Ucrânia, há cada vez mais famílias russas a criar raízes em países da América Latina. A Argentina foi o país que mais vistos atribuiu a cidadãos russos no ano passado.

No ano passado, a Argentina, o México, o Brasil, o Uruguai e o Paraguai atribuíram vistos a 9 mil russos, quando, em 2020, estes cinco países pouco passaram das mil autorizações de residência.

Dois anos depois do início da guerra na Ucrânia, há cada vez mais famílias a deixar a Rússia e a criar raízes na América Latina. A Argentina tem sido o destino mais procurado e, na capital, fazem-se investimentos para o futuro. Só esse país emitiu 3.750 vistos para cidadãos russos.

O México surge em segundo lugar, com mais de 3.200 autorizações de residência no ano passado, três vezes mais do que os processos aprovados em 2021.

Tatiana, natural de uma cidade no sul da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia, ficou surpreendida com a influência russa que encontrou nas ruas da Cidade do México. No caso de Tatiana, que trabalha como consultora e viveu antes nos Estados Unidos, o plano é prolongar a estadia no México e aprender a falar espanhol.

No Brasil, a barreira da língua já não é um problema para Anna, que até já dá aulas de português e encontrou uma comunidade acolhedora. No ano passado, o governo brasileiro autorizou a estadia de mil cidadãos russos no país, mais do dobro dos vistos de 2021.

Há muitas razões para a América Latina se ter tornado numa região tão procurada pelas famílias russas. Como o acesso facilitado a vistos de residência e processos mais simples para obter a cidadania. Ou o custo de vida relativamente acessível e o clima tropical.

Sem esquecer uma posição ambígua em relação à guerra na Ucrânia. Ainda que, direta ou indiretamente, a maioria tenha condenado a invasão russa, nenhum país da América Latina enviou armas ou outro tipo de ajuda para Kiev.

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