Europeias 2024

Sondagem: portugueses consideram que Portugal beneficiou da adesão à UE e ao euro

Os dados de um estudo realizado para aferir a relação dos portugueses com a União Europeia revelam um máximo histórico: mais de 90% dos inquiridos dizem que Portugal beneficiou da adesão.

Sondagem: portugueses consideram que Portugal beneficiou da adesão à UE e ao euro
ThomasVogel

Em ano de Eleições Europeias e quase 40 anos depois da adesão de Portugal à CEE, uma sondagem quis perceber o que sabe a sociedade portuguesa sobre a União Europeia, como avalia o desempenho das instituições europeias, o quanto se sente ouvida e representada pelas instâncias europeias, o posicionamento perante temas-chave, como integração, políticas ou moeda única. O Barómetro da Política Europeia foi realizada pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Para avaliar o apoio da sociedade portuguesa à União Europeia e à moeda única, foi pedido aos inquiridos que respondessem às seguintes questões:

  • "Portugal beneficiou do facto de ser membro da União Europeia?"
  • “Portugal beneficiou em ter adotado o euro como moeda?”

O apoio à UE aumentou rapidamente após a adesão de Portugal, em 1986, tendo-se mantido relativamente elevado ao longo das décadas de 1990 e 2000.

O apoio ao euro (medido pelo Eurobarómetro a partir de 2009) foi aumentando constantemente. Em 2024, mais de 70% dos portugueses concordam que o país beneficiou com a adoção da moeda única.

A convicção de que Portugal beneficiou do facto de ser membro da UE é especialmente elevada entre a geração mais velha (55+).

Os homens, as gerações mais jovens (18-34 anos) e também as mais velhas (55+ anos) e os inquiridos com um nível de escolaridade mais elevado estão mais convencidos dos benefícios da moeda única.

No que diz respeito à ideologia, tanto os inquiridos de direita como os de esquerda concordam mais com o benefício do euro para Portugal do que os que se situam ao centro.


Ficha Técnica

Este relatório baseia-se num estudo realizado pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, no início de 2024. O universo do estudo é composto pelos residentes em Portugal continental, com 18 ou mais anos de idade, falantes de língua portuguesa, com telefone da rede fixa ou acesso à internet.

Foram realizadas 1107 entrevistas, correspondendo a um erro máximo amostral de 3% (para um nível de confiança de 95%). O trabalho de campo decorreu entre os dias 3 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024.

As entrevistas realizadas via telefone (42%) apoiaram-se num questionário estruturado de perguntas abertas e fechadas, inserido num programa informático (C.A.T.I.) gestor das entrevistas. Foram também realizadas inquirições online (58%), a partir de uma plataforma de inquéritos específica para o efeito. A taxa geral de resposta foi de 61,4%.

A seleção dos números de telefone foi feita aleatoriamente a partir das bases de dados existentes, e a seleção dos inquiridos foi realizada através de quotas de sexo, grupo etário (três grupos: 18-34 anos, 35-54 anos, 55 e mais anos) e região (NUTS II Portugal continental).

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