Europeias 2024

Sondagem: os portugueses sentem-se ouvidos e representados na UE?

Um estudo realizado para aferir a relação dos portugueses com a União Europeia conclui que a maioria concorda que votar nas europeias lhe dá uma palavra a dizer sobre a forma como a UE é governada. Mas quase metade considera que os eurodeputados portugueses não representam bem os interesses nacionais.

Sondagem: os portugueses sentem-se ouvidos e representados na UE?
Luis Diaz Devesa

Em ano de Eleições Europeias e quase 40 anos depois da adesão de Portugal à CEE, uma sondagem quis perceber o que sabe a sociedade portuguesa sobre a União Europeia, como avalia o desempenho das instituições europeias, o quanto se sente ouvida e representada pelas instâncias europeias, o posicionamento perante temas-chave, como integração, políticas ou moeda única. O Barómetro da Política Europeia foi realizada pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Foi pedido aos inquiridos que respondessem verdadeira ao falso à questão: “Votar nas eleições europeias dá a pessoas como eu uma palavra que conta na forma como se governa a União Europeia”.

De um modo geral, a maioria revela níveis de concordância relativamente elevados, mais de quatro em cada cinco inquiridos concordam que votar nas europeias lhes dá uma palavra a dizer sobre a forma como a UE é governada.

As mulheres tendem a sentir-se mais ouvidas pela UE do que os homens, os jovens (entre os 18 e os 24 anos) mais do que as gerações mais velhas e os inquiridos com ensino superior mais do que os que não o têm.

Não há indícios de que a ideologia política tenha um papel relevante.

Os eurodeputados representam bem os interesses nacionais?

À pergunta “Os eurodeputados que elegem para o Parlamento Europeu representam bem os interesses nacionais?” os portugueses revelam concordância menor do que na pergunta anterior.

Pouco mais de 50% afirmam que os eurodeputados que elegem para o Parlamento Europeu representam bem ou muito bem os interesses nacionais.


Ficha Técnica

Este relatório baseia-se num estudo realizado pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, no início de 2024. O universo do estudo é composto pelos residentes em Portugal continental, com 18 ou mais anos de idade, falantes de língua portuguesa, com telefone da rede fixa ou acesso à internet.

Foram realizadas 1107 entrevistas, correspondendo a um erro máximo amostral de 3% (para um nível de confiança de 95%). O trabalho de campo decorreu entre os dias 3 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024.

As entrevistas realizadas via telefone (42%) apoiaram-se num questionário estruturado de perguntas abertas e fechadas, inserido num programa informático (C.A.T.I.) gestor das entrevistas. Foram também realizadas inquirições online (58%), a partir de uma plataforma de inquéritos específica para o efeito. A taxa geral de resposta foi de 61,4%.

A seleção dos números de telefone foi feita aleatoriamente a partir das bases de dados existentes, e a seleção dos inquiridos foi realizada através de quotas de sexo, grupo etário (três grupos: 18-34 anos, 35-54 anos, 55 e mais anos) e região (NUTS II Portugal continental).

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