Eleições Legislativas

Ventura diz que PSD será culpado de ingovernabilidade se recusar acordo com Chega

As sondagens apontam para uma vitória da AD com o Chega a ser o terceiro partido mais votado, mas longe do resultado que André Ventura ambiciona. Em Santiago do Cacém, o líder do Chega voltou a pedir convergência à Direita e empurrou toda a responsabilidade para o PSD caso haja um cenário de ingovernabilidade.

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O presidente do Chega considerou na quinta-feira que o apelo ao voto útil vai falhar nas eleições legislativas de domingo e afirmou que "o PSD ficará com o ónus de gerar ingovernabilidade" se recusar um acordo de Governo.

Questionado sobre as sondagens que vão sendo conhecidas, André Ventura assinalou que o Chega desce numas e sobe noutras, mas salientou que "nunca na história da democracia" nos últimos dias de campanha outro partido, que não PS e PSD, "estava situado entre os 16% e os 20%.

O líder do Chega, que falava aos jornalistas à chegada a um jantar/comício no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, defendeu que "isto significa que o apelo ao voto útil falhou" e voltou a estabelecer como objetivo vencer as eleições.

"Está tudo em aberto para domingo e vamos ver no domingo se o voto útil funcionou ou não", afirmou, indicando que "tudo indica que o sistema político português se vai tripartidarizar".

"Deixaremos de ter dois partidos grandes e passaremos a ter três partidos grandes na Assembleia da República", sustentou, considerando que "isso significa que terá que haver convergência" para conseguir "um governo estável".

Ventura voltou a garantir que, "num cenário em que a maioria esteja à Direita, o Chega lutará para que haja essa convergência", mas salientou que "o único acordo que aceita é um acordo de Governo".

"Nós não queremos nenhum entendimento parlamentar permanente, isso está fora de questão", indicou o líder do Chega.

Caso o líder social-democrata, Luís Montenegro, mantenha a recusa de negociar com o Chega, o presidente do partido de extrema-direita afirmou que o "PSD ficará com o ónus de gerar ingovernabilidade, ou não", porque "quem é responsável pela ingovernabilidade é quem não quer, não é quem diz que quer" um entendimento.

Com LUSA

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