Eleições Legislativas

Entrevista SIC Notícias

Livre acredita que vai ser o partido que mais cresce (percentualmente) no domingo

O líder Rui Tavares encontra-se confiante nos resultados de 10 de março, tendo em conta as reações das pessoas durante a campanha eleitoral. Mas há uma dúvida que permanece a respeito da presença do líder no Parlamento.

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No penúltimo dia de campanha eleitoral, o repórter Vítor Lopes, que tem acompanhado a caravana do Livre, entrevista o líder Rui Tavares que acredita que o partido poderá ser o que terá um maior crescimento percentual no dia de eleições. Nas ruas, sente que o partido é cada vez mais reconhecido e as pessoas estão a aderir à esquerda europeia e ecologista.

No Cais do Sodré, em Lisboa, Rui Tavares encontra-se com o repórter da SIC Vítor Lopes para um último balanço no fim da campanha eleitoral. Já há mais de 10 dias que o Livre percorre as ruas do país, principalmente de Lisboa e Porto. Será que conseguiu passar a mensagem?

“Claramente, o Livre conseguiu passar a mensagem de uma esquerda, verde, europeia, sintonizada com os grandes temas do século XXI, com as questões dos direitos humanos, com as alterações climáticas”, elucidou Rui Tavares.

Hoje em dia, são as pessoas vão falar com o próprio partido e já sabem o que é que o Livre representa. E isso, segundo o líder, "começa a ter impacto na própria política nacional, os outros partidos começam a reagir a isso".

Em relação a eventuais cenários de governabilidade, o líder do Livre vincou, uma vez mais, que a direita está fora de questão pela entropia, desunião dentro do bloco.

"À direita não há clareza, é tudo confusão, é uma direita que está cada vez mais radicalizada no seu discurso, todos os dias pressionada e chantageada ou a ir correr atrás dos temas que a extrema-direita lança. À direita reina um processo de canibalização interna", salientou Rui Tavares.

Para o cabeça de lista por Lisboa, o Livre poderá bem ser o partido que mais crescimento terá no dia 10 de março, quando as pessoas forem chamadas a votar, ao contrário do que se previa, tendo em conta o crescimento das intenções de voto no partido de extrema-direita.

“Nós olhamos para a maneira como as pessoas estão a responder e o Livre é possivelmente o partido que mais cresce em percentagem nas próximas eleições. Vai ser interessante porque passamos a discutir uma grande subida da extrema direita - e provavelmente irá aumentar - a questão é que em percentagem é perfeitamente possível que o Livre cresça mais do que vai crescer o Chega”, afirmou.

A respeito de quantos deputados pretende alcançar, Rui Tavares é mais cauteloso nessas afirmações, tendo em conta a incerteza que ainda paira nas sondagens devido à percentagem de indecisos.

"Este objetivo percentual, ser o partido que mais cresce, permite influenciar a política portuguesa, se as pessoas querem uma maioria à esquerda, sabem que será melhor e capaz de se abrir se o Livre for forte. A Europa, a ciência, os direitos humanos, irão vincar a próxima legislatura", respondeu.

Em relação às Legislativas de 2022, a reação e atitude das pessoas a respeito do Livre “é incomparável”.

"Há muita gente que nos vem abordar a dizer que já votou no Livre, no voto antecipado, há muitos jovens e também não jovens, é interprofissional, vemos pessoas na academia, comércio, indústria, cada vez mais gente vê que, para alterar os dados da política em Portugal, neste momento, a hipótese é o Livre crescer", vincou, uma vez mais, o líder da esquerda europeísta.

No entanto, paira uma incerteza sobre um eventual elefante na sala: quem irá representar o Livre nas Eleições Europeias que se avizinham?

"No dia 11 vamos ver como é a governação, o Livre adiou processo de eleições europeias, por isso só aí é que vamos começar a ver isso", concluiu Rui Tavares.

A dúvida permanece, mas, por agora, Rui Tavares poderá rumar à Assembleia da República, uma vez mais. Só faltará saber, também, se irá acompanhado.

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