Eleições Legislativas

Carvalho da Silva apela ao voto "com memória" na CDU

O antigo dirigente sindical da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, apela à memória dos eleitores e lembra os riscos para os trabalhadores de um possível enfraquecimento da CDU. Paulo Raimundo continua a recusar a ideia de perda de força.

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O antigo secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, participou na terça-feira da arruada da CDU na Amadora, Lisboa, para apelar ao voto "com memória", sublinhando os riscos para a sociedade do enfraquecimento do PCP.

"Acho que é um momento em que precisamos muito de votar com memória. E é preciso ter presente que o enfraquecimento deste partido pode ser um prejuízo muito grande para desafios que aí vêm", disse, acrescentando que "uma sociedade sem memória perde-se rapidamente".

Carvalho da Silva não quis sobrevalorizar a sua presença na iniciativa de campanha da CDU, ao notar que nunca deixou de "estar presente na sociedade".

Por outro lado, realçou a história do partido no qual militou "muitos anos" e a sua importância para os desafios sociais do presente e do futuro.

“Estamos num tempo de grandes lutas. Os partidos têm a sua função, as suas capacidades e cada um tem o seu contributo, mas há uma realidade objetiva: o Partido Comunista [Português], no qual militei muitos anos e conheço bem, tem um chão, um lastro distintivo que faz muita falta à luta dos trabalhadores. E a luta vai ser difícil."

Paulo Raimundo avançou pelas ruas da Amadora com cerca de 200 apoiantes, enaltecendo a campanha "muito direta" e "muito envolvida nos problemas das pessoas" e lembrando que "as bandeiras que se veem não andam sozinhas".

O líder comunista manifestou ainda a sua gratidão pela presença de Carvalho da Silva na iniciativa.

"Acho que é uma demonstração de unidade, alargamento e gente que decidiu dar o passo para dar o seu apoio à CDU. E, para nós, é um orgulho muito grande, há espaço para alargar", frisou, lembrando que "o histórico do PCP fala por si".

Paulo Raimundo enfatizou também a "experiência política acumulada" no combate à direita e reiterou a importância desse passado para o apelo ao voto.

"Aqueles que pedem voto para lutar contra a direita só encaixa na CDU. E não é só combater, é o voto que não vai fugir ou desertar desse combate", sentenciou.

Por último, já no discurso de encerramento da arruada, junto ao centro de trabalho do PCP na Amadora, o secretário-geral comunista lembrou o 103.º aniversário do partido, que se comemora esta quarta-feira.

"O PCP comemora 103 anos de existência. A força de combate, a força de resistência que enfrentou durante 48 anos a besta fascista... concretizámos essa coisa mais linda da nossa história, o 25 de Abril. É por isso que dizemos àqueles que estão preocupados com a direita que aqui está a força, a segurança, o porto seguro para esse combate", concluiu.

Com LUSA

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