Os relatos de abusos sexuais na Igreja Católica originaram investigações em vários países nas últimas décadas. O silêncio foi quebrado no início deste século, mas os responsáveis, na maior parte dos casos, escaparam à justiça.
Mais de 11 mil queixas nos EUA
Uma comissão criada em 2004, nos Estados Unidos, recebeu mais de 11 mil queixas contra membros da Igreja. Um elevado número de casos foi resolvido com o pagamento de indemnizações fixadas em acordos extrajudiciais e um cardeal acusado de encobrir vários crimes acabou por renunciar ao cargo.
Uma investigação do jornal Boston Globe denunciou os esforços da hierarquia da Igreja para que os os crimes não fossem revelados, investigação que deu também origem ao filme "O caso Spotlight".
Cardeal esteve preso, mas foi libertado
Na austrália chegaram à hierarquia da Igreja mais de 4 mil denúncias sobre abusos que terão acontecido entre 1950 e 2010 e envolviam 7% do total de padres católicos.
Ainda na Austrália o Cardeal George Pell, que chegou a ser foi condenado em tribunal por abuso de menores, esteve preso, mas acabou por ser ilibado pelo supremo tribunal da Austrália.
Mais de 200 mil vítimas em França
Há pouco mais de um ano, a comissão que investigou estes abusos em França revelou que mais duzentas mil crianças e adolescentes foram vítimas de cerca de três mil abusadores em 70 anos.
Às vítimas, foi-lhes proposto um valor máximo de 60 mil euros de indemnização pelos abusos sofridos.
1500 padres foram identificados na Alemanha
Num relatório de 2018, os bispos alemães admitiam um problema de abuso sexual generalizado. Foram identificados mais de 1500 padres que abusaram de menores em sete décadas, mas a maioria não chegou a enfrentar a justiça.
MP espanhol investiga quase 70 denúncias
Já em Espanha, o Ministério Público confirmou que está a investigar quase 70 denuncias de abusos sexuais na igreja.
Denunciados mais de 2500 casos em Inglaterra
Em Inglaterra foram denunciados mais de 2500 casos de abusos de crianças, cometidos a partir de 1940.