Economia

FMI revela que famílias portuguesas são das mais vulneráveis aos aumentos de juros

O aumento das taxas de juro do BCE fez disparar as prestações das famílias ao bancos. O relatório económico do FMI revela que as famílias portuguesas são das mais vulneráveis a nível europeu porque a maioria dos contratos de crédito à habitação estão indexados à taxa variável, em vez da fixa.

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Terminou este sábado a conferência de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI). Relativamente a Portugal, o FMI revelou que a escalada dos juros aumentou a vulnerabilidade das famílias portuguesas. Um terço dos portugueses paga casa ao banco, na maioria com contratos indexados à taxa variável. Depois de os bancos terem aumentado (e muito) os juros dos créditos, em junho poderá acontecer o primeiro corte.

Os contratos de crédito à habitação com taxa fixa têm aumentado, mas, em Portugal, a média não ultrapassa os 20%. Já a nível internacional a média de créditos com taxa fixa é de 56%. Perante a volatilidade das famílias face ao aumento dos juros, o Fundo Monetário Internacional avisa que é preciso ter atenção ao aumento do risco de incumprimento.

Quanto ao cenário macro económico, o FMI está mais otimista do que o governo e prevê que o PIB cresça 1,7% este ano e 2,1% em 2025. Por cá, o governo estima um crescimento de 1,5% para 2024 e 1,9 no próximo ano, projeções que se baseiam num cenário de políticas invariantes, ou seja, assumindo apenas o que está legislado e a aprovado até ao momento. sem considerar o impacto de novas medidas na política orçamental.

Quanto à inflação, o FMI aponta que fique em 2,2% este ano. Já a divida pública deverá cair para 94% do PIB. Na prática, será uma redução de 650 milhões de euros, uma previsão superior à do governo.

A confirmar-se, Portugal continuará a caminhar fora do pódio dos países mais endividados da Europa, lugar que deixou de ocupar desde o final do ano passado.

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