O primeiro-ministro admite prolongar a medida do IVA zero além do mês de outubro - data inicialmente definida para esta medida temporária. António Costa diz que tudo dependerá da evolução da inflação no país.
“A expectativa que todos temos é que ao longo destes seis meses a inflação evolua no sentido que nos permita ir retirando estes incentivos. Se não for assim, temos de nos sentar novamente à mesa e ver o que podemos fazer”, disse António Costa, esta terça-feira, durante uma visita a duas superfícies comerciais, no dia em que entrou em vigor o IVA zero em mais de 40 produtos alimentares.
Durante a iniciativa, que decorreu na zona de Telheiras, em Lisboa, o primeiro-ministro apelou a um esforço conjunto, de todas as partes, para controlar a subida dos preços.
“É preciso que nós consigamos atuar em toda a fileira. Porque se nós baixamos o IVA no retalho, mas os custos para a produção continuam a subir, o produtor acaba por repercutir isso na subida do preço e, portanto, o preço final ao cliente volta a aumentar”, afirmou o chefe do Executivo.
A isenção do IVA no cabaz de bens essenciais vai vigorar de 18 de abril a 31 de outubro.