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Presidente da República é interrompido por ativistas do clima (e acaba a dar aula de democracia)

Os estudantes pelo fim ao fóssil foram passando o microfone de mão em mão e desfiando as falhas que apontam a um Presidente da República que, insistem em afirmar, não os representa.

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Vários estudantes interromperam esta quinta-feira uma intervenção do Presidente da República no Liceu Camões, em Lisboa. Marcelo Rebelo de Sousa falava sobre o 25 de Abril, mas quando se referiu às questões do clima ouviu um coro de criticas. O antigo professor aproveitou para dar voz aos estudantes e para um apontamento sobre democracia.

Era mais uma aula como muitas que o Presidente da República tem dado, país fora , até que o tema do ambiente fez virar todas as cabeças.

Marcelo Rebelo de Sousa atravessou o ginásio do Liceu Camões, onde decorria a aula, e entregou o microfone aos ativistas.

Os estudantes pelo fim ao fóssil foram passando o microfone de mão em mão e desfiando as falhas que apontam a um Presidente da República que, insistem em afirmar, não os representa.

“Encontra-se aqui hoje reunida uma juventude que afirma representar. Pois essa juventude, que por si não se sente representada, está aqui para o interrogar e pôr em causa um sistema que não fala por nós”, apontou uma das jovens do movimento.

Os jovens acabaram por abandonar o pavilhão como forma de protesto, mas Marcelo ainda pediu uma salva de palma para os ativistas, que estes já não chegaram a ouvir.

A aula do professor acabou por voltar ao tema do ambiente.

“Eu tenho sido atacado por setores mais conservadores de cada vez que um movimento climáximo tem uma ação, porque imediatamente esses dizem que devem ser presos e reparar os danos. E eu digo: ‘A luta é justa, apenas tem de se encontrar em cada momento os meios adequados para a luta não perder o apoio popular’”, afirmou o Presidente República.

A conversa voltou à política e ao momento que se vive na Europa e no mundo.

Marcelo Rebelo de Sousa defende que é preciso que uma luta que conquiste o povo e não que reforce os radicalismos de regresso ao passado.

Os estudantes recordam que o Liceu Camões já foi anteriormente fechado por estudantes pelo fim ao fóssil, que continuam a reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e gratuita até 2025.

"As nossas reivindicações não só são possíveis, como são essenciais para garantir o nosso futuro.", diz um dos estudantes da Secundária Camões José Borges.

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