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Rangel não comenta Passos Coelho e Santos Silva deixa farpa à Justiça

O Foro La Toja, espaço de diálogo entre Portugal e Espanha, reuniu grandes figuras de Estado dos dois países, em Lisboa. Mas o espaço serviu também para deixar alguns recados políticos.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, recusa comentar as declarações de Passos Coelho sobre uma aproximação da direita. À entrada de um evento de celebração dos 50 anos de democracia em Portugal e Espanha, Paulo Rangel rejeitou falar sobre as declarações do ex-líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que, esta segunda-feira, deixou no ar a ideia de que a direita deveria aproximar-se.

“Aquilo em que o Governo português está focado é governar. E não, portanto, comentar a atualidade de cada dia”, afirmou o ministro. “Esta semana temos o debate do programa do Governo, é um momento fundamental, e temos de nos preservar e preparar para ele.”

Neste encontro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, reuniram-se algumas das primeiras figuras de Estado dos últimos 50 anos, quer de Espanha, quer de Portugal, e a transição climática foi o tema na ordem do dia.

Augusto Santos Silva, ex-presidente da Assembleia da República, também convidado, aproveitou para recordar as reticências de alguns à entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE). Santos Silva sublinhou o contributo da Europa para a consolidação da democracia portuguesa e fez comparações com o presente.

“Em certas dimensões absolutamente cruciais para a consolidação dessa democracia, a gente comum em Portugal revela-se muito mais moderna e muito mais cosmopolita do que as elites económicas e empresariais portuguesas. E isso continuo-o a dizê-lo em 2024, embora saiba que não me faz muito popular”, atirou.

A fechar a intervenção, Augusto Santos Silva lançou a farpa final: “Tenho apenas dois pequenos desejos: que nós não meçamos tanto a qualidade da democracia pelo seu desempenho económico, e que a cultura democrática penetre um bocadinho mais na nossa Justiça penal”.

Com a Operação Influencer na ordem do dia, o ex-chefe de Governo, também presente no encontro, preferiu não falar sobre o caso.

Sobre esse assunto não vou falar mais”, declarou António Costa.

A fechar o evento, foi tema o Passado e os Desafios do Futuro, juntando à mesma mesa os ex-primeiros-ministros Francisco Pinto Balsemão e Felipe González, contemporâneo espanhol, além de Mariano Rajoy e António Costa.

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