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Netanyahu garante que já tem data para ataque a Rafah

O chefe do Governo israelita garante que a operação militar vai mesmo acontecer. Os Estados Unidos desencorajam a decisão e a Turquia ameaça com medidas contra Israel.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirma que já existe uma data para o início das operações militares em Rafah, mas os Estados Unidos da América voltam a avisar que não apoiam a operação. Na cidade do sul da Faixa de Gaza, estão encurralados quase 1,5 milhões de palestinianos.

Netanyahu não diz quando, mas garante que o momento do ataque já está definido.

“Estamos a trabalhar incessantemente para atingir os nossos objetivos, em primeiro lugar e acima de tudo a libertação de todos os nossos reféns e a obtenção de uma vitória total sobre o Hamas. Esta vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas que aí se encontram. Isso vai acontecer, há uma data definida”, assegurou.

O primeiro-ministro israelita mantém-se imune à pressão da comunidade internacional e do principal aliado, os Estados Unidos, que têm apelado a Israel para não avançar contra Rafah.

“Deixámos claro a Israel que pensamos que uma invasão militar em grande escala de Rafah teria um efeito extremamente prejudicial para os civis e que, em última análise, prejudicaria a segurança de Israel”, defendeu Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

“Pensamos que existe uma forma melhor de atingir o objetivo legítimo de arruinar, desmantelar e derrotar os batalhões do Hamas que ainda permanecem em Rafah”, frisou.

Em simultâneo, os líderes do Egito, Jordânia e França escreveram um artigo de opinião conjunto a apelar a um cessar-fogo imediato e incondicional, conforme exigido por uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovada no final de março.

A Turquia vai mais longe, para exigir um cessar fogo e a entrada de mais ajuda em Gaza, e avança mesmo com medidas contra Israel.

“Não há desculpa para Israel bloquear a nossa tentativa de levar ajuda por via aérea à população faminta de Gaza. Perante esta situação, decidimos tomar uma série de novas medidas contra Israel. Estas medidas, aprovadas pelo nosso Presidente, serão implementadas sem demora”, informou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan.

Israel já reagiu e promete uma resposta na mesma medida, acusando a Turquia de ter escolhido apoiar o Hamas.

Trocas de acusações que acontecem numa altura de novo impasse nas negociações para um cessar-fogo. Tanto Israel como o Hamas dizem que não houve grandes progressos durante as conversações no Cairo, estando a ser estudada a proposta feita pelos israelitas, que continua a não responder a exigências como o regresso dos palestinianos deslocados a casa ou a retirada completa das forças de Israel do enclave.

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