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Desemprego no calçado aumentou 86% no último ano

O desemprego no setor do calçado quase duplicou no último ano. Cerca de dois mil trabalhadores perderam o emprego. Além disso, o sindicato revela que, além do desemprego, há salários em atraso e trabalhadores em layoff.

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No final de março, o gigante dinamarquês Ecco anunciou o despedimento de mais de 50 funcionários, juntando-se aos 42 que no ano passado também perderam o emprego.

Em São João da Madeira e no concelho vizinho de Santa Maria da Feira, num ano, houve cerca de mil despedimentos em empresas de calçado. Entre as que fecharam e as que têm salários em atraso, Fernanda Moreira, do sindicato, conta 25 empresas só nestes dois concelhos. Mas há também exemplos em Felgueiras e em Seia. A falta de encomendas é uma pedra no sapato dos empresários.

“As que estão em layoff estão a tentar assegurar para não encerrar. As que já têm salários em atraso, a situação é um bocadinho mais complicada, porque cada mês que passa, a situação ainda se complica mais”, explicou, à SIC, Fernanda Moreira, do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio de Calçado, Malas e Afins (SNPIC).

Os números do IEFP de fevereiro mostram que na indústria do couro, o desemprego disparou, pressionado pelo setor calçado, onde o aumento foi superior a 85% num ano, resultando na perda de quase 2 mil trabalhadores.

O setor dos curtumes emprega 2 mil pessoas e tem no calçado o principal cliente, mas está a caminhar para a estagnação. Pandemia, guerra e inflação são as justificações para as dificuldades que o setor atravessa.

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