Cerca de 20 pessoas protestaram, esta segunda-feira, à porta da livraria, em Lisboa, onde Pedro Passos Coelho apresentou o livro "Identidade e Família - Entre a Consciência da Tradição e As Exigências da Modernidade". A obra tem mais de duas dezenas de textos antiprogressistas, que abordam situações sociais controversas e apontam o dedo a questões como a ideologia de género ou a eutanásia.
Os manifestantes, que não se quiseram identificar, estavam com a cara tapada por máscaras covid.
"Dói a transfobia" foi um dos gritos de protesto, enquanto batiam palmas e erguiam bandeiras, em frente a vários agentes da PSP.
Uma das bandeiras era nova bandeira LGBTQIA+, usada desde 2021. Os manifestantes seguravam ainda numa bandeira transgénero com o símbolo do anarquismo.
Foram embora antes do antigo primeiro-ministro sair da livraria e também não estavam no local quando este chegou.
A SIC tentou perceber junto deles se pertenciam a alguma organização e, se sim, qual, mas os manifestantes não quiseram falar com os jornalistas.
Livro (polémico) de Passos Coelho
Pedro Passos Coelho apresentou um manifesto antiprogressista contra a ideologia de género, o aborto e a eutanásia.
Antigos ministros e deputados da Nação, constitucionalistas e até um sacerdote da Opus Dei são alguns dos co-autores de um conjunto de 22 textos que criticam a doutrinação ideológica nas escolas, no que dizem ser um ataque ao conceito tradicional da família. É o caso de nomes como António Bagão Félix, César das Neves, Jaime Nogueira Pinto e Ribeiro e Castro.
O livro está à venda desde 12 de março.
O lançamento acontece numa altura em que o PS deixou duas propostas penduradas para o Governo de Luís Montenegro e que precisam de regulamentação para poderem ser aplicadas: a eutanásia e a proposta sobre a Gestação de Substituição.