Vídeo

Mulher em trabalho de parto e com perda de sangue transferida por "obstetrícia não dar resposta"

No dia 4 de abril, uma grávida de nove meses terá ido pelos próprios meios ao Hospital de Cascais. Em trabalho de parto, com contrações e perda de sangue, não foi atendida nessa unidade hospitalar e acabou por receber cuidados no São Francisco Xavier.

Loading...

Muitas grávidas que dependem do Serviço Nacional de Saúde estão angustiadas devido à incerteza no atendimento. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, apenas quatro das 16 urgências estão a funcionar de forma contínua, o que tem causado problemas.

Um dos casos mais graves aconteceu à porta do Hospital de Cascais com uma grávida em trabalho de parto. No dia 4 de abril, uma grávida de nove meses, com cerca de 30 anos, terá ido pelos próprios meios ao Hospital de Cascais.

“Estava em início de trabalho de parto, com contrações e perda de sangue, mas, nessa altura, não foi feita intervenção por parte da equipa”, testemunhou e relatou à SIC Nelson Cavaco

Nelson, conta que estava no hospital por outra razão e que encontrou a grávida, lá fora, deitada no chão, inconsciente e acompanhada por familiares.

“Foi graças aos elementos da GNR que ela deu entrada no hospital. Pouco tempo depois, foi transferida para outra unidade hospitalar. Segundo a informação que consta, o serviço de obstetrícia não estava a dar resposta”, disse ainda a mesma testemunha,

No entanto, essa mesma informação não bate certo com a escala de abril, comunicada pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde. Dos 16 serviços de obstetrícia e blocos de partos de Lisboa, quatro deveriam estar a funcionar sem interrupções e Cascais deveria ser um deles.

A grávida acabou por receber cuidados no São Francisco Xavier. A SIC tentou perceber o que se terá passado, mas aguarda por explicações do Hospital de Cascais.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais dificuldades em arranjar médicos para completar as escalas nos serviços de urgência obstétrica. Dos 16 serviços, dois vão estar a funcionar com atendimento referenciado e sete vão ter dias de pausa. Há três hospitais privados a ajudar na resposta. A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde só deverá fazer alterações ao funcionamento das urgências a partir de maio.

32 grávidas encaminhadas para os privados nos primeiros dois meses do ano

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do