Perto de mil pessoas juntaram-se este domingo, em Lisboa, à marcha “Abril pela Palestina”, na qual se ouviram críticas ao Governo de Israel e apelos para parar "um novo genocídio".
Com o calendário já a marcar abril, mês em que se assinala a revolução portuguesa de 1974, a organização quis também recordar a data porque “com Abril veio a liberdade, obviamente, e veio a descolonização”.
A marcha partiu da Praça do Município, Lisboa, pouco depois das 15:40 em direção ao Largo do Intendente, com passagem pelo Largo do Carmo.
Ainda frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, defendeu ser um dever de Portugal reconhecer o Estado da Palestina e desafiou o ministro dos Negócios Estrangeiros [Paulo Rangel] a abandonar "posições irresponsáveis em que negava o genocídio" em Gaza.
Junto ao quartel do Carmo, um dos símbolos maiores da revolução de Abril, a multidão cantou a música “Grândola, Vila Morena”.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do Hamas em solo israelita a 7 de outubro de 2023, assinalando-se este domingo seis meses.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que provocou mais de 33.000 mortos.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Com LUSA