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Criminalidade juvenil aumentou 8,2% no ano passado em Portugal

A Comissão de Análise Integrada da Delinquência Juvenil e da Criminalidade Violenta pede uma intervenção mais precoce e articulada para travar os percursos delinquentes desde cedo.

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O relatório da Comissão de Análise Integrada da Delinquência Juvenil e da Criminalidade Violenta, a que o Diário de Notícias teve acesso, mostra que a criminalidade grupal está a ganhar terreno, alavancada pelas redes sociais.

Os crimes são cometidos em idades mais precoces. Só no ano passado, havia 64 crianças com menos de 12 anos envolvidas em gangues criminosos.

Os jovens relataram a existência de firmas, que são autênticas empresas que os aliciam e oferecem casa e comida. As forças de segurança registaram mais de 18 mil crimes cometidos por jovens até aos 16 anos, o que corresponde a um aumento de 8,2% face a 2022.

Já a criminalidade grupal, ou seja, crimes praticados por três ou mais suspeitos, teve um crescimento de 15% com quase 7 mil ocorrências.

“É verdadeiramente preocupante e exige uma intervenção”, disse, à SIC, o vice-presidente do Observatório de Segurança Interna, António Rodrigues.

Os crimes mais violentos diminuíram, mas em 2023 havia 56 jovens com menos de 18 anos na cadeia, o número mais elevado da década. Entre os que cumprem pena nas prisões, há relatos de tortura física, psicológica e violência gratuita. Quando são “apanhados”, diz o relatório, já é tarde.

A Comissão pede uma intervenção mais precoce e articulada, até porque travar os percursos delinquentes, desde cedo, envolve forças de segurança, escolas, tribunais e comissões de proteção de crianças e jovens.

Foi por causa do aumento dos crimes cometidos por jovens que o anterior ministro da Administração Interna decidiu criar esta Comissão. O diagnóstico está feito e está agora nas mãos do novo Governo decidir.

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