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Procura de psicadélicos no mercado negro está a crescer em Portugal

O uso de psicadélicos por autorrecriação é perigoso, mas será um erro ignorar os dados científicos que comprovam a existência de benefícios quando aplicados a determinados problemas de saúde, desde que haja acompanhamento médico.

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O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) vai entregar à nova ministra da Saúde o parecer aprovado na semana passada em que recomenda o desenho de políticas públicas para o uso destas substâncias de forma regulada e com supervisão clínica.

O parecer do Conselho Nacional para a Ética e Ciências da Vida parte do principio que é essencial separar o trigo do joio. O uso de psicadélicos por autorrecriação é perigoso, mas será um erro ignorar os dados científicos que comprovam a existência de benefícios quando aplicados a alguns problemas de saúde, desde que haja o devido acompanhamento médico.

"As substâncias ainda estão marcadas como sendo drogas que criam dependências e, quer por parte de regulação nacional, quer da OMS, há uma estrangulamento muito grande dos potenciais benefícios das substâncias psicadélicas", diz Maria do Céu Neves, presidente do CNECV.

Para uso recreativo ou terapêutico, o que muito se tem dito sobre os psicadélicos tem levado a uma maior procura das substâncias no mercado negro.

Basta uma pesquisa na internet para encontrar clinicas, em Portugal, que prometem tratar problemas psicológicos com recurso a psicadélicos.

Em muitos casos são tratamentos experimentais, permitidos por um vazio legal que dificulta a fiscalização e alimenta a falta de informação.

Os psicadélicos afetam o funcionamento do cérebro e provocam alterações de consciência. O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida diz que "poderão desorganizar a pessoa" e, em última análise, levar à "criação de memórias falsas".

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