A China anunciou a clonagem de cabras tibetanas, também conhecidas como cabras de Caxemira, importante recurso económico devido à produção de lã. Para a concretização do processo, os cientistas chineses usaram a mesma técnica que deu origem à ovelha Dolly, o primeiro animal clonado do mundo.
Cientistas chineses clonaram duas cabras tibetanas, na província de Qinghai, no noroeste da China. A informação, divulgada no final de fevereiro, refere que este é o resultado de um projeto mais amplo para preservar a espécie.
Três caprinos machos e uma fêmea foram utilizados como doadores de células para criar os embriões clonados, que foram transferidos para outra cabra doadora para gestação.
Esta é a mesma técnica que os cientistas escoceses usaram para produzir o primeiro mamífero clonado do mundo, a ovelha Dolly, há quase 30 anos.
Uma das cabras tibetanas recém-nascidas pesava 3,4 quilos e é saudável, segundo o cientista que lidera o programa de clonagem, citado pela agência ENEX. Sobre a outra cabra clonada não foi divulgada informação.
As cabras tibetanas são conhecidas pela produção de lã fina e felpuda, tendo por isso um elevado valor comercial no planalto Qinghai-Xizang.
Ao melhorar a taxa de reprodução das cabras, o programa de clonagem visa, de igual modo, melhorar a situação económica das comunidades locais que dependem da produção destes animais.
Este feito segue-se à recente produção de um macaco clonado, cientistas chineses anunciaram no início deste ano a clonagem de um macaco Rhesus.
Com semelhanças anatómicas e fisiológicas aos humanos, o macaco Rhesus tem grande potencial para a investigação na área da saúde.