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O discurso de despedida de Costa

A chegar ao fim do mandato, António Costa fez esta quarta-feira um balanço dos oito anos de governação socialista, num discurso em que elogiou a trajetória de melhoria das contas públicas e o crescimento do país. O primeiro-ministro cessante falou ainda das múltiplas crises enfrentadas pelo país.

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Em conferência de imprensa, Costa reconheceu que os últimos oito anos não foram "anos quaisquer": "Tivemos de enfrentar múltiplas crises e resolver essas múltiplas crises".

A primeira crise que destacou foi a financeira e das contas públicas, afirmando que, oito anos depois, "temos um sistema financeiro estabilizado". O aumento do saldo orçamental e a descida da dívida pública foram destacados.

Costa reconheceu que este "percurso não foi fácil". Ainda assim, assumiu que, aos longos dos últimos oito anos e mesmo com uma pandemia pelo meio, o país manteve uma "trajetória de melhoria das contas públicas".

"Conseguimos recuperar do impacto da pandemia nas nossas contas públicas e conseguimos fechar 2023 com um saldo positivo e com a redução do rácio da dívida."

Os incêndios florestais de 2017, em que morreram mais de 100 pessoas, foram a segunda "grande e dramática" crise destacada. Costa reconheceu a redução da aérea ardida desde 2017, mas lembrou que "somos um país com alto risco de incêndio florestal".

Apesar daquilo que considerou serem "bons resultados", afirmou que "não podemos baixar a guarda" neste tema e recordou que as "alterações climáticas são uma realidade".

A terceira crise foi a pandemia de covid-19, que afetou dois destes oito anos. Costa defendeu que Portugal teve um "desemprenho digno de registo", lembrando que foi o primeiro país do mundo a ter 85% da população vacinada.

"Portugal foi um dos países que melhor saiu da pandemia."

Com o início da guerra na Ucrânia, surgiu a maior crise inflacionista dos últimos anos e esta foi a última crise destacada por Costa, que reconheceu que a subida das taxas de juro teve "um impacto muito grande nas famílias".

"Vivemos uma situação paradoxal. Aquilo que era visto como remédio da inflação, as subidas das taxas de juro, teve por efeito agravar o custo de vida das famílias."

Perante estas dificuldades, Costa garantiu vitória: "Foram quatro crises que tivemos de enfrentar e que vencemos."

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