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Análise

Afinal, o que (não) acordaram PSD e Chega?

Ventura "quis vender uma conversa como se fosse um acordo"? Pedro Frazão (Chega), Duarte Pacheco (PSD), Pedro Delgado Alves (PS) e Bernardo Blanco (IL) discutem os últimos acontecimentos na SIC Notícias.

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Após quatro tentativas, a Assembleia da República (AR) tem finalmente um presidente e quatro vice-presidentes. Depois do “chumbo” do Chega, PSD e PS chegaram a um acordo para uma liderança dividida. Entre múltiplas trocas de acusações, o que aconteceu nos últimos dias é visto como uma “infantilidade" para a maioria.

Na SIC Notícias, Pedro Frazão (Chega), Duarte Pacheco (PSD), Pedro Delgado Alves (PS) e Bernardo Blanco (IL) discutiram os últimos acontecimentos, com destaque para o “acordo” entre PSD e Chega.

“Podem chamar de acordo, conversa ou entendimento”. Para o Chega, esta “é uma questão de semântica”. O que existiu, segundo Frazão, foi “um telefonema entre Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Pinto”, que “o PSD tentou manter em segredo”. O Chega diz que Hugo Soares, Paulo Rangel e Nuno Melo “desmentiram publicamente André Ventura” e, por isso, muitos deputados do Chega desistiram de apoiar Aguiar-Branco.

No entanto, o que considera um “acordo” poderá ter sido uma “mera conversa”, algo institucional, que foi também travado com outros partidos.

“A IL também recebeu uma chamada", afirma Bernardo Blanco. “Uma conversa simples não é um acordo. Ventura quis vender isso quase como se fosse um acordo de Governo, quando não era isso”.

O deputado da Iniciativa Liberal por Lisboa diz que o bloqueio de ontem “não teve qualquer sentido” e que uma eleição puramente institucional “não devia ser utilizada como arma política”.

PSD: “Vai ser muito difícil ter qualquer conversa”

Duarte Pacheco, do PSD, diz que agora "vai ser muito difícil ter qualquer conversa com o Chega, por autoexclusão", admitindo que o PSD terá percebido tarde este problema.

“Uma coisa é um acordo de regime [dá o exemplo da Geringonça], outra é que, todos os dias, e quem está no Parlamento sabe disso, há conversas sobre tudo e mais alguma coisa, mesmo entre partidos completamente distintos”.

O social-democrata definiu a postura do Chega como uma “infantilidade parlamentar”.

PS: “Se demos a mão a alguém, foi à República”

Já Pedro Delgado Alves, vice-presidente da bancada socialista, nega que o PS tenha “salvado o PSD” ao chegar a um acordo para uma presidência dividida na AR.

“O que fizemos foi assegurar que, no início da legislatura, o Parlamento pudesse iniciar plenamente as suas atividades com a eleição do presidente. Se demos a mão a alguém, foi à República”.

Nos primeiros dois anos, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro nome avançado pelo PSD, vai liderar o Parlamento. Depois, e partindo do pressuposto que a legislatura não será interrompida, assume Francisco Assis, do PS.

“Nesse cenário, ”o PSD certamente cumprirá o que foi acordado", garante Pedro Delgado Alves.

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