O último Conselho de Ministros de António Costa foi o primeiro a decorrer na sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa. A instalação do Governo no edifício reúne consenso entre PSD e PS.
Três anos depois do início das negociações, nem as eleições antecipadas, nem a indigitação de um novo Governo travam a mudança.
A sede da Caixa Geral de Depósitos passa a ser o centro de trabalho do Governo, reúnem-se os ministérios que até agora estavam em diferentes edifícios por Lisboa.
O objetivo principal passa pela poupança relativa às infraestruturas mas também na burocracia da coordenação da administração pública. Não há redução do número de organismos, nem do número de trabalhadores, mas a mudança é vista como um passo na reforma da administração pública e reúne consenso entre PS e PSD, que não se deverá opor ao processo começado pelo Governo de António Costa.
O edifício está avaliado em 360 milhões de euros e foi entregue ao Estado pela Caixa Geral de Depósitos como forma de distribuição de dividendos.
É um encaixe líquido para os cofres do Estado com as obras de readaptação a custarem muito menos em comparação com o valor do edifício. A despesa de 40 milhões de euros foi validada pelo tribunal de Contas.
Já três mil dos 90 mil metros quadrados estão a ser usados por gabinetes de organismos públicos.
A libertação do resto do edifício vai realocar dois mil e 500 funcionários da Caixa Geral de Depósitos para a nova sede no Parque das Nações.
A mudança deverá estar completa até ao fim de 2026 e implicou um investimento de 180 milhões de euros.