Amigos dos dois portugueses detidos em Jacarta por suspeitas de tráfico de droga apelam à intervenção urgente do Estado português.
Temem que os amigos possam ser punidos com a pena de morte e querem que Portugal apresente um pedido de clemência às autoridades da Indonésia.
Quem o conhece diz que, tal como o pai, Rui Viana tinha à espera uma promissora carreira como futebolista. Vestia a camisola do Câmara de Lobos e também passou pelo Marítimo.
Tentou seguir as pisadas do pai, ex-jogador profissional do Porto e Boavista, mas no último verão abandonou a curta carreira, aos 20 anos.
Queria ser piloto, mas o sonho perdeu-se no caminho. Há cerca de uma semana deixou a ilha onde sempre viveu, a Madeira, e terá viajado até Jacarta com dois quilos de cocaína escondidos. Viria a ser detido à chegada, em pleno aeroporto.
Um amigo da família apela à intervenção urgente do Estado português no sentido de pedir clemência às autoridades locais.
Na Indonésia não há regimes de exceção para estrangeiros que traficam droga.
Os dois portugueses, o mais velho com 37 anos, arriscam a prisão perpétua e até a pena de morte por fuzilamento.
Há ainda um terceiro suspeito, mas não se sabe por enquanto se foi ou não detido.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros mantém contactos permanentes com a justiça da Indonésia.