Saúde e Bem-estar

Está a pensar aderir à moda dos alinhadores invisíveis? Há doentes a perder a dentição

A Ordem dos Médicos Dentistas diz que há doentes que estão a perder a dentição devido ao uso de alinhadores sem a devida supervisão médica. Os aparelhos estão disponíveis na internet, a preços mais baixos e podem ser aplicados sem qualquer apoio.

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A Ordem dos Médicos Dentistas fez soar o alarme. Há doentes a chegar aos consultórios com problemas graves nos dentes e em alguns casos com graves perdas dentárias, porque decidiram comprar os chamados alinhadores invisíveis, sem qualquer supervisão médica.

“São consequências em detrimento destes alinhadores invisíveis, que elevam a consequências como infeções, reabsorção radicular, perda dentária e que leva muitas vezes a consequências nefastas em que é difícil reverter a situação”, explicou, à SIC, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas.

Na internet basta procurar por alinhadores. O motor de pesquisa é rápido a alinhar soluções que prometem um sorriso harmonioso em apenas algumas semanas. As promoções estão por todo o lado e captam o primeiro olhar.

A maioria dos sites estão em inglês, mas a ALIGNERCO fala português e tem morada em Portugal, no Barreiro. A autonomia do alinhador invisível é o primeiro destaque da marca.

A SIC recorreu ao chat disponível na página para esclarecer todas as dúvidas. As boas-vindas são em inglês. Perguntamos se a conversa pode ser em português e o discurso adapta-se.

Pagando quase mil euros, o cliente recebe um kit, em casa, com uma pasta que vai permitir fazer o molde. Depois de ter acesso ao modelo, a empresa compromete-se a enviar, em duas semanas, o que chama de projeção, uma simulação de como ficará o sorriso do cliente, depois de alinhado. Mais tarde será enviado o alinhador invisível, neste caso para usar todas as noites.

Insistimos no site para saber se há alternativas à total autonomia. Por três vezes insistimos para saber quem são os dentistas. A resposta repete-se: "depois de se inscrever, você poderá saber disso”.

No chat, pedimos para falar com um responsável para a realização de uma reportagem e a conversa é remetida para um número de telefone português, no entanto, o atendimento é uma vez mais em inglês. O assistente tenta contactar o representante nacional mas sem sucesso. Pede para ligar mais tarde e explica que a ALIGNERCO é uma empresa norte-americana, com um representante em Portugal.

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