Dormir uma sesta durante o dia é benéfico para o cérebro e pode mesmo atrasar o envelhecimento, concluiu um estudo britânico divulgado recentemente. Os investigadores acreditam ainda que este hábito pode até proteger contra doenças neurodegenerativas.
Essencial para o desenvolvimento de recém-nascidos e bebés, o hábito de dormir a sesta vai-se perdendo à medida que crescemos. Até porque nem sempre é fácil ‘tirar’ 30 minutos do dia para o pôr em prática. Talvez por isso, a partir da reforma, muitas pessoas o retomem.
Mas, afinal, porque é tão importante dormir a sesta?
Com a idade, o cérebro humano vai ‘encolhendo’. O que esta investigação descobriu é que o cérebro de pessoas que têm o hábito de dormir a sesta é cerca de 15 centímetros cúbicos maior - o equivalente a atrasar o envelhecimento entre três a seis anos.
“O que estamos a sugerir é que toda a gente poderia retirar algum tipo de benefício de dormir a sesta”, afirmou a médica Victoria Garfield à BBC.
Para além de um possível atraso do envelhecimento, dormir a sesta também poderá proteger contra o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. É que, no geral, a saúde do cérebro é extremamente importante para evitar a neurodegeneração e o sono é um dos pilares fundamentais para a conservar.
“Assim, dormir a sesta regularmente pode proteger contra a neurodegeneração”, concluiu a investigadora Valentina Paz.
Mas atenção. A sesta não deve ultrapassar a meia hora.
A equipa de investigadores analisou dados de 35.000 mil pessoas, entre os 40 e os 69 anos. Os resultados, publicados no revista científica Sleep Health, mostraram uma diferença significativa no tamanho do cérebro das pessoas que dormem a sesta em comparação com as que não o fazem.