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Bienal de Veneza e o colonialismo: "Temos que antecipar a História para que possamos imaginar novos futuros"

"Estrangeiros por toda parte" é o tema da 60.ª edição da Bienal de Veneza, que explora o colonialismo e a migração. Portugal participa com o projeto "Greenhouse" criado por três artistas com ascendência africana.

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Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala assinam o projeto português "Greenhouse" ou "Jardim Crioulo". É a primeira vez que o Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza é representado por três mulheres com ascendência africana.

O projeto português, construído com plantas nativas dos antigos territórios colonizados de África, representa pequenas hortas criadas por escravos, como ato de resistência e fonte de alimento.

"Temos que antecipar a História para que possamos imaginar novos futuros, face aos nossos desafios contemporâneos", afirma Anca Usurelu, curadora de "Greenhouse".

A Etiópia estreia-se na Bienal de Veneza com o artista Tesfaye Urgessa, que explora a iconografia etíope e a arte figurativa tradicional, como resposta aos temas da 60.ª edição, o colonialismo e as diferentes realidades da migração.

"As peças foram mantidas fora dos países por falta de consciência e, agora, as pessoas tornaram-se conscientes. Os museus começaram a compreender a importância de devolver as coisas ao lugar onde pertencem", considera o artista Tesfaye Urgessa.

A 60.ª edição da Bienal de Veneza, "Estrangeiros por toda parte", conta com projetos de 54 países, 12 são de África, e decorre em Veneza até novembro.

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