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Quais as melhores cervejas artesanais portuguesas de 2023?

A “Murder in Porto”, uma Imperial Stout envelhecida em barricas de vinho do Porto, produzida pela Dois Corvos foi a vencedora. A marca arrecadou ainda a o primeiro prémio na categoria Lager com a cerveja “Prata”.
Quais as melhores cervejas artesanais portuguesas de 2023?
David Prahl / EyeEm

Já são conhecidas as melhores cervejas artesanais produzidas em Portugal no ano que agora termina. A cerimónia de entrega de prémios realizou-se sábado, dia 16 de dezembro, no Fermentage Brewpub, em Lisboa e consagrou a cerveja “Murder in Porto”, uma Imperial Stout envelhecida em barricas de vinho do Porto, como a melhor entre as mais de 100 a concurso. A Dois Corvos conquistou também o primeiro prémio na categoria Lager com a cerveja “Prata”.

"Murder in Porto" da Dois Corvos

As mais de 100 cervejas inscritas, quer na vertente artesanal, quer na vertente caseira, foram avaliadas em prova cega, por juízes certificados, beer sommeliers, analistas sensoriais e cervejeiros profissionais. Este ano foi introduzida uma nova categoria, a Wood, que pretende destacar cervejas que foram maturadas em barricas de madeira ou que durante a elaboração utilizaram madeira. O primeiro lugar coube também à Dois Corvos e à “Murder in Porto”.

Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais

Na vertente das Cervejas Caseiras o prémio da categoria Lager foi entregue à cerveja “De Praga Até Nelson”, uma Mixed-Style Beer elaborada por Pedro Reis, na categoria Ale venceu a “Kuad”, uma cerveja estilo Belgian Dark Strong Ale produzida por Pedro Cunha, e na Categoria Experimental, ganhou a “Nilton’s Tavern Christmas Beer” de Nilton Nóbrega. Foi ainda vencedor, na categoria Especial Imperial Stout a “Pandemik”, também de Pedro Cunha.

“Catharina Sour Maracujá” da Bah

Na vertente das Cervejas Artesanais em comercialização em 2023, várias marcas chegaram ao pódio, nomeadamente a Bah, a Dois Corvos, a FdS Beer, a Fermentage, a Pobeira, a Quinta do Portal e a Senescal. O vencedor na categoria Lager foi a “Prata”,da Dois Corvos, e na categoria Ale, o primeiro prémio foi atribuído à “Catharina Sour Maracujá” da Bah.

A Dois Corvos, marca vencedora do concurso, foi criada em 2015 por Susana Cascais e Scott Steffens, nascido em Seattle. O norte-americano chegou a Portugal em 2010 e começou por produzir cerveja para os amigos. Hoje, além da fábrica, já conta com dois pontos de venda em Lisboa, um em Marvila e outro no Intendente. Satisfeito com o prémio, disse ser “o resultado do trabalho de uma equipa que se orgulha do que faz”. Apaixonado por cerveja, diz ainda que “comecei a fazer cerveja por achar que era preciso variedade na oferta”. Atualmente, a marca apresenta várias edições ao longo de cada ano.

Scott Steffens - Dois Corvos

O Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais é um evento certificado pelo Beer Judge Certification Program, organização mundial de juízes de cerveja, criada em 1985, presente em mais de 50 países. Bruno Aquino,um dos organizadores do concurso deste ano, congratulou-se com o número de participantes, jusificado pelo “volume significativo de vendas” e interesse do sector do vinho “a entrar no negócio”. Destacou ainda o crescente interesse do consumidor que ”procura em cada garrafa algo de diferente” e do "mercado internacional que já começou a descobrir as cervejas portuguesas”.

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