Política

Passos Coelho sobre Luís Montenegro: "Houve essa preocupação de desligar-se do passado"

Uma semana depois do alarido provocado pelo lançamento do livro Identidade e Família, Pedro Passos Coelho volta ao debate politico.

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Pedro Passos Coelho volta a deixar duras palavras para Luís Montenegro e ainda para Paulo Portas. O antigo primeiro-ministro diz que Luís Montenegro tem procurado desligar-se da troika e do legado do governo desse tempo, e que revela que a troika não confiava em Paulo Portas.

Uma semana depois do alarido provocado pelo lançamento do livro Identidade e Família, Pedro Passos Coelho volta ao debate politico.

“Não posso ser impedido de, de quando em vez, dizer alguma coisa daquilo que penso”, afirmou Pedro Passos Coelho.

Passos Coelho entende que os partidos não fiquem amarrados ao passado, mas dito isso é para ele evidente que Luís Montenegro tem procurado afastar-se do legado do governo que aplicou o programa da troika.

"Foi muito evidente que nos últimos tempos houve essa preocupação de desligar-se. Não quer dizer que se renegue o passado, mas se andarmos sempre com o passado ao colo a gente não consegue abrir tanto futuro”, acrescenta.

Passos Coelho “evitou embaraço" a Paulo Portas

Na entrevista à Rádio Observador, Passos Coelho revela que a troika não confiava em Paulo Portas e que na altura evitou um embaraço ao líder do CDS.

A intransigência de Paulo Portas na altura da sétima avaliação da troika esteve perto, segundo a versão de Passos Coelho, de hipotecar todos os sacrifícios feitos pelos portugueses.

Nessa altura, terá valido a intervenção de Aníbal Cavaco Silva.

“O que se passaria a partir daí era uma incógnita […] Para mim é um mistério, o doutor Paulo Portas mudou de opinião. Eu creio que foi o Presidente da República”, acrescenta.

Sobre o Presidente da República da altura, Passos Coelhos diz que o relacionamento com Cavaco Silva foi impecável que o chefe de Estado “segurou o Governo” em várias ocasiões, mas nem sempre ajudou.

Nesta entrevista à Rádio Observador, Passos Coelho conta ainda que não foi surpreendido com a formação da geringonça, pois já contava que António Costa procurasse o apoio do PCP.

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