Os beneficiários que recebem o Complemento Solidário para Idosos (CSI) passam a ter acesso gratuito aos medicamentos sujeitos a receita médica. A medida será aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, mas demorará a ter efeitos práticos.
Ana Valério, diretora técnica da farmácia onde a SIC se encontra, revela que tem verificado, "principalmente no último ano,"alguma retração ao consumo" de medicamentos por parte da população idosa, que procura de forma mais frequente "soluções económicas".
Nota que apesar de as farmácias serem "o último local onde as pessoas poupam", muitos idosos são obrigados a abdicar de medicação por motivos económicos.
Acredita que a medida vai ser "muito bem aceite", já que representará uma "poupança significativa" para os beneficiários, sobretudo no que toca a "medicamentos inovadores".
Contudo, nota que a decisão, independentemente de ser aprovada esta quinta-feira, não será aplicada "nem nas próximas horas, nem nos próximos dias".
"Há que fazer uma adaptação dos sistemas informáticos das farmácias e do lado do ministério. Penso que haja muitas parametrizações que têm de ser feitas para que as pessoas que beneficiam deste apoio possam ver as suas receitas comparticipadas a 100%", explica.
A medida, que abrange 140.000 idosos, custará aos cofres do Estado 10,4 milhões de euros e terá efeito automático em todas as farmácias, sem serem necessários pagamentos ou reembolsos.