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Detido líder de uma das principais redes de tráfico de droga do país

A Polícia Judiciária deteve, na manhã desta terça-feira, sete pessoas, entre as quais o cabecilha de uma das mais importantes redes de tráfico de droga a atuar em Portugal. É um antigo agente da PSP que foi capturado durante uma megaoperação no Porto.

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A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou esta terça-feira uma operação contra o narcotráfico, na cidade do Porto, que desmentelou uma das mais importantes redes de tráfico de droga a operar em Portugal.

Sete pessoas foram detidas, indiciadas pela prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais. Foram também realizadas mais de 20 buscas domiciliárias e não domiciliárias.

Em comunicado, a PJ revela que “entre os detidos estão os líderes de uma das mais importantes redes de distribuição de cocaína do Grande Porto, principal abastecedora do tráfico verificado em bairros, designadamente da Pasteleira, do Cerco, de Francos e de Ramalde”.

O principal é Alberto Couto, mais conhecido por Joca, que foi esta manhã detido, em casa, acusado de liderar a rede de tráfico de droga.

Joca é ex-agente da PSP e primo de Bruno Pidá, aquele que era o número 1 desta rede até ser preso em 2010, com uma pena de 23 anos, não só por tráfico de droga, mas por homicídio qualificado no processo “Noite Branca” - entretanto foi libertado em julho do ano passado e está agora em liberdade condicional, sem pulseira eletrónica.

Na operação desta terça-feira foi também detido Paulo, suspeito de ser o número 2 da rede.

A advogada Poliana Ribeiro, que defendeu Bruno Pidá, esteve na Policia Judiciaria e vai defender um dos detidos que diz não ser Alberto Couto.

Os detidos deverão ser ouvidos esta quarta-feira no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Grupo “era temido pelos métodos violentos”

A droga seria importada da América Latina em "grandes quantidades" para venda e comercialização na região do norte do país, sobretudo no Grande Porto

“Em causa está uma estrutura criminosa organizada, com ramificações na América do Sul, que se encarregava da importação, transporte e entrega das substâncias ilícitas. O grupo, considerado perigoso, era temido pelos seus métodos violentos e pelo uso de armas de fogo”, revela a Polícia Judiciária.

Entre as várias situações, objeto das investigações realizadas pela Diretoria do Norte da PJ, “está a apreensão pela Polícia Federal do Brasil, no Porto de Santos, no verão passado, de uma máquina agrícola que ocultava cerca de 43 kg de cocaína, pronta a embarcar com destino ao Porto de Leixões”.

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