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JSD da Guarda ataca PSD por votar contra fim das portagens, concelhias contra-atacam

Os jovens sociais-democratas da Guarda não gostaram que o PSD tivesse estado contra o fim das portagens nas ex-Scut e acusaram o partido de só ir ao interior “pedir votos". Agora, as concelhias do distrito repudiam as palavras daquela estrutura da JSD.

JSD da Guarda ataca PSD por votar contra fim das portagens, concelhias contra-atacam
Nacho Doce

As concelhias do PSD do distrito da Guarda repudiam o comunicado da JSD Distrital sobre o processo das portagens, considerando ser "injurioso", "cheio de inverdades" e que "não se coaduna com a ética do partido".

Numa nota enviada à agência Lusa, as 14 concelhias social-democratas do distrito da Guarda consideram que o comunicado divulgado pela JSD Distrital no dia 2 de maio é "injurioso, cheio de inverdades e com fortes ataques pessoais infundados" e uma falta de respeito para com a deputada eleita pelo círculo da Guarda, Dulcineia Catarina Moura.

"O conteúdo do comunicado da JSD Distrital, relacionado com a proposta apresentada na Assembleia da República, relativa às ex-Scut, é deplorável, carregado de ódio, com um conteúdo que não se coaduna com a ética do Partido e o respeito que uma estrutura deve ter para com os eleitos democraticamente, neste caso, com a deputada do PSD, que venceu as eleições no distrito da Guarda", refere o texto subscrito pelos presidentes de todas as concelhias.

O comunicado da JSD

No dia em que a proposta do PS sobre a abolição das portagens foi aprovada na Assembleia da República, a JSD Distrital da Guarda divulgou um comunicado criticando a postura do grupo parlamentar do PSD por ter votado contra aquela medida e em particular a deputada eleita pelo círculo da Guarda, Dulcineia Catarina Moura.

A estrutura partidária questionou como é que o PSD "tem coragem de vir ao interior pedir votos" e depois "fazer o que acabou de fazer".

No comunicado, a JSD lembrou que a deputada do PSD eleita pelo círculo da Guarda "defendeu ao longo dos anos uma coisa e agora, de maneira a puxar lustro aos seus donos em Lisboa, dizer que está pronta para votar contra a abolição das portagens".

A JSD acusou o PSD de falhar na oportunidade que teve para defender o desenvolvimento da região, considerando que não é atitude que serve o distrito e a região.

"É atitude de quem está apenas para se servir e levar um ordenado para casa, sem fazer nada, como o seu histórico bem retrata. Aqui está a prova de que esta deputada do PSD é uma fraude", apontou a JSD, pedindo a demissão de Dulcineia Catarina Moura.

A resposta das concelhias

As concelhias do PSD defendem a deputada lembrando que no programa eleitoral, o PSD sempre propôs a redução progressiva do valor das portagens até à isenção e que foi sempre essa a ideia defendida pela eleita durante a campanha.

Os dirigentes das concelhias lembram que "todos os deputados da bancada do PSD votaram, em coerência e com disciplina de voto, contra a proposta do PS de abolição das portagens, que não passa de uma proposta populista e contraditória ao que sempre defendeu, um ato de lamentável hipocrisia política".

As concelhias do PSD consideram que a JSD Distrital "teve como objetivo principal denegrir a integridade" da deputada, acusando o presidente da estrutura de "pura maldade e má índole política".

Os responsáveis concelhios social-democratas ressalvam que não se revêm "na postura, no comunicado vil e injurioso" e "questionam os jovens militantes e dirigentes da JSD Distrital se se revêm neste 'modus operandi' de fazer política do seu presidente da Distrital da JSD".

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