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Caso BES: os atrasos, as prescrições e a teia criada por Salgado

Um arguido morreu e Ricardo Salgado foi diagnosticado com Alzheimer, o que levanta questões sobre possíveis suspensões de condenação devido à doença. O Ministério Público tem alertado para as prescrições.

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A história da derrocada do BES está em 204 volumes, mais de 6 mil apensos, quatro terabytes de informação. No início de março, em exclusivo à SIC, o procurador responsável pela acusação garantiu que todos deram o seu melhor.

Arguidos e assistentes estão desde maio à espera que se faça justiça, mas o antigo presidente do banco e outros acusados podem ver-se livres de alguns crimes, isto porque 40 estão em risco de prescrever.

Ricardo Salgado, bisneto do fundador do Banco Espírito Santo e presidente da instituição durante 20 anos, é o principal arguido, acusado de 65 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado e manipulação de mercado. No entanto, são os crimes menos graves, como falsificação de documento e infidelidade, que correm o risco de desaparecer devido à data de prescrição.

Um arguido morreu e Ricardo Salgado foi diagnosticado com Alzheimer, o que levanta questões sobre possíveis suspensões de condenação devido à doença. O Ministério Público tem alertado para as prescrições.

Os atrasos no processo acontecem devido à dificuldade em notificar dois arguidos que estão na Suíça.

Passaram quase dez anos desde que Carlos Costa, então presidente do Banco de Portugal, anunciou o fim do BES. Nessa altura, eram conhecidos os problemas financeiros há dois anos. A auditoria pedida pelo Banco de Portugal descobria que o Ministério Público diz ser uma teia criada por Salgado para esconder a falência do grupo Espírito Santos.

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