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Operação Marquês: juízas da Relação ignoram incidente de recusa apresentado por Sócrates e rejeitam nulidades

O Tribunal da Relação rejeitou todas as nulidades apresentadas por José Sócrates e outros quatro arguidos ao acórdão que decidiu mandar para julgamento quase toda a acusação da Operação Marquês.

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As juízas do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) declararam "totalmente improcedentes" os requerimentos da defesa de José Sócrates, validando a decisão de julgar o antigo primeiro-ministro por corrupção e outros crimes no âmbito do processo Operação Marquês.

A Relação rejeita, assim, todas as nulidades apresentadas por Sócrates e outros quatro arguidos ao acórdão que decidiu mandar para julgamento quase toda a acusação da Operação Marquês.

“(…) acordam os Juízes desta 9ª Secção Criminal do Tribunal da Relação de Lisboa em julgar totalmente improcedentes todos os requerimentos efectuados”, lê-se no Acórdão tribunal da Relação de Lisboa, a que a SIC teve acesso.

Ainda esta quinta-feira, Sócrates tinha tentado adiar esta decisão. O antigo primeiro ministro apresentou um incidente de recusa contra duas juízas do coletivo, por terem ficado com o processo já depois de terem sido transferidas para outros tribunais da Relação.

Porém, na decisão, as juízas desembargadoras entendem que não existe nenhum fundamento o afastamento e alertam uma vez mais para o risco de prescrição de crimes.

“(…) Entendemos, pois, que para não prolongar mais a justiça da decisão do processo, se devem continuar a tramitar os autos, não obstante o incidente suscitado”, refere o acórdão.

Ao que a SIC apurou, no documento enviado para o tribunal, a defesa do antigo primeiro-ministro considera que as magistradas não tinham legitimidade para decidir na Relação de Lisboa porque duas delas já tinham sido colocadas noutros tribunais ainda antes de tomarem a decisão.

As três juízas em causa entenderam, em março, anular a decisão de Ivo Rosa, reverter praticamente toda a Operação Marquês e enviar José Sócrates para julgamento por corrupção.

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