Assim que chegou, na praça pública, Marcelo falou aos jornalistas portugueses para sublinhar que não há mal entendidos, nem recuos e está alinhado com Governo que recusou, em comunicado, haver um processo de reparação às ex-colónias.
Este é também um tema importante para o presidente de Cabo Verde, que prefere deixar o assunto fora das conversas, pelo menos as oficiais.
Numa entrevista à SIC, no palácio presidencial, o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, remeteu para uma outra altura o debate que tanta polémica gerou, sobre as reparações históricas às antigas colónias portuguesas.
O mal-estar existe na política nacional desde a semana passada, quando Marcelo Rebelo de Sousa disse num jantar com correspondentes estrangeiros que Portugal tem de pagar os custos do colonialismo. No sábado, também voltou a insistir numa reparação às ex-colónias, que poderia passar por perdão de dívidas ou financiamento. O presidente de Cabo Verde não comenta.
O Governo português já esclareceu que "não esteve e não está em causa nenhum processo para a reparação do passado colonial". Ainda assim o Chega quer um debate urgente na Assembleia da República.