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Portugal é o 2.º país no mundo com mais praias fluviais de bandeira azul

O país conta, este ano, com perto de 400 praias com bandeira azul – e as fluviais destacam-se. Há também marinas e embarcações a merecer a distinção.

Portugal é o 2.º país no mundo com mais praias fluviais de bandeira azul
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Portugal conta, este ano, com 440 praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul, mais oito do que em 2023, tornando-se o segundo país do mundo com maior número de praias fluviais galardoadas, anunciou a Associação Bandeira Azul Europa.

O anúncio foi feito no Aquário Vasco da Gama, no Dafundo, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, pelo presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, José Archer, que adiantou que na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul 398 praias, distribuídas por 103 municípios.

Uma praia distinguida com Bandeira Azul obedece a vários critérios, entre os quais a qualidade da água e espaço, segurança e serviços, vigilância e sensibilização das pessoas.

O responsável considerou uma "boa notícia" o número de praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul "ter voltado a crescer", apontando que nas praias se está "resvés para chegar às 400".

Portugal entre o top nas praias do Interior

José Archer destacou também o "contínuo crescimento das praias do Interior", admitindo que são "naturalmente muito mais sensíveis, mais difícil de atingir e manter".

"Portugal destaca-se enormemente nas praias do interior. Somos, a nível mundial, o segundo país com mais praias de interior [fluviais], com 49, mais do dobro de Espanha e de Itália. É um número que merece realce", acrescentou.

Prata até nas embarcações turísticas

A nível internacional, Portugal ocupa o segundo lugar no que diz respeito a embarcações ecoturísticas galardoadas, com 23, tendo sido igualmente distinguidas 19 marinas. Nestas duas categorias registaram-se mais duas distinções do que no ano passado.

Mas também se perdem bandeiras...

Já em termos de praias costeiras, o responsável sublinhou que o número de praias da costa portuguesa com Bandeira Azul "está totalmente consolidado", sublinhando que se vai "crescendo há medida que se vai conseguindo designar novas praias".

Em relação à perda da Bandeira Azul, José Archer disse que todas as situações, em relação ao ano passado, tiveram em conta a qualidade da água, sendo que no caso da Zambujeira do Mar está relacionada com o impacto do festival de verão que decorre na localidade do sudoeste alentejano, no concelho de Odemira, distrito de Beja.

Nas praias fluviais "mais sensíveis", acrescentou, basta "a montante haver algum acidente ou derrame e acaba por ter um impacto na qualidade da água".

"São situações pontuais, que é uma pena porque acabam por ficar um ano sem poder hastear a Bandeira Azul, também é um alerta para o comportamento das pessoas que às vezes uma atitude imprudente leva a que o esforço de uma comunidade vá por água abaixo", referiu.

As cerimónias oficiais

A cerimónia oficial de hastear da primeira Bandeira Azul em praia costeira vai decorrer na praia da Fontinha, no Porto Santo, na Madeira, a 1 de junho.

O primeiro hastear de Bandeira Azul em praia fluvial vai realizar-se em Agroal, Ourém, no distrito de Santarém, a 7 de junho.

Já a primeira marina onde será hasteada a Bandeira Azul será no Porto de Recreio da Calheta, na Madeira, no dia 31 de maio.

As praias costeiras e fluviais distinguidas estão distribuídas pelo Norte (89, mais duas do que no ano passado), Centro (48, mais uma), Tejo (75, menos uma), Alentejo (38, menos uma), Algarve (86, mais uma), Açores (45, mais uma) e Madeira (17, mais uma).

O Programa Bandeira Azul é um programa de educação para o desenvolvimento sustentável, promovido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental.

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