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Voto de condenação a Marcelo já avançou e Ventura avisa que Chega tem poder para abrir procedimento criminal

Ventura promete mais ações no Parlamento, depois de Marcelo ter sugerido que Portugal deve pagar pelo passado colonial. O líder do Chega não revela, contudo, se pretende mesmo levar o Presidente à Justiça. 

Voto de condenação a Marcelo já avançou e Ventura avisa que Chega tem poder para abrir procedimento criminal
Pedro Nunes/Reuters

André Ventura afirma que o voto de condenação do Presidente da República já entrou no Parlamento e promete avançar com mais ações sobre esta matéria. O líder do Chega acusa Marcelo Rebelo de Sousa de se aproximar do crime de traição à pátria e garante que, se quiser, o partido pode levá-lo a responder criminalmente.

O Chega avançou com um voto de condenação ao Presidente da República, por causa das declarações feitas pelo chefe de Estado, num encontro com jornalistas estrangeiros, em que este defendeu que Portugal "deve pagar" pela escravatura e pela era colonial.

André Ventura diz esperar que outros partidos sigam o Chega no voto de condenação ao Presidente, visto terem também condenado as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado, esta tarde, se o partido admitiria avançar com uma queixa contra Marcelo Rebelo de Sousa na Procuradoria-Geral da República (PGR), André Ventura declarou que o Chega pode avançar com um procedimento criminal ao Presidente da República sem precisar de recorrer à PGR.

“Só precisa de um quinto dos deputados” na Assembleia da República, atira André Ventura, alegando que isso já o Chega tem, mas sem concretizar se pretende, de facto, levar o caso de Marcelo Rebelo de Sousa à Justiça.

Questionado sobre se está a pôr em causa a instituição da Presidência da República, Ventura responde: “Foi a instituição que se pôs em causa a si própria”.

“O Presidente foi eleito com uma maioria significativa dos portugueses. Isso não lhe dá o direito de estar acima da lei ou do escrutínio político”, afirma André Ventura, que considera “importante passar ao país a mensagem de que Portugal não vai iniciar nenhum processo de reparação ou compensação às colónias”.

“A História é o que é. Eu tenho orgulho nela. O Presidente não tem. O Presidente é que está mal”, declara, antes de anunciar que está já a pensar “noutras iniciativas parlamentares sobre esta matéria”, prometendo novidades já para esta terça-feira.

André Ventura deixa para já a ideia de ouvir no Parlamento, sobre este assunto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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