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Trabalhadores do controlo de pragas de Lisboa cumprem greve de 24 horas

Os trabalhadores vão entregar, esta segunda-feira, uma resolução com as reivindicações dos trabalhadores na Câmara Municipal de Lisboa. Em fevereiro, já tinham realizado uma concentração junto às instalações da Direção Municipal de Higiene Urbana.

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Os serviços municipais de controlo de pragas de Lisboa estão, esta segunda-feira, a ser afetados por uma greve dos trabalhadores, com uma adesão superior a 90%, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

"Os trabalhadores estão hoje a cumprir uma greve de 24 horas para exigir uma normalização dos horários de trabalho e o reforço de recursos humanos. Este serviço hoje não está a ser feito na cidade. A adesão à paralisação é superior a 90%", disse à Lusa Nuno Almeida, do STML.

O representante adiantou que os trabalhadores vão entregar ainda esta manhã uma resolução com as revindicações dos trabalhadores na Câmara Municipal de Lisboa. A Lusa questionou a autarquia sobre a paralisação, aguardando ainda uma resposta.

Trabalhadores realizaram concentração em fevereiro

Em 5 de fevereiro, lembrou, os funcionários realizaram uma concentração junto às instalações da Direção Municipal de Higiene Urbana e entregaram às respetivas chefias um abaixo-assinado.

Nesse dia foi assumido pelas hierarquias do setor de atividade um compromisso de que iriam obter uma resposta às pretensões dos trabalhadores até ao final do mês de fevereiro.

"Como não obtiveram respostas, cumpriram uma greve de três horas em 20 de março, com concentração de trabalhadores junto ao seu local de trabalho, no Posto de Limpeza do Valsassina, em Marvila", disse Nuno Almeida.

“Os trabalhadores exigem direitos iguais”

O Serviço de Controlo Integrado de Pragas (SCIP) é um serviço da Divisão de Limpeza Urbana, integrada na Direção Municipal de Higiene Urbana da autarquia.

"Os trabalhadores exigem direitos iguais aos restantes trabalhadores da limpeza e higiene urbana no que diz respeito ao horário de trabalho. Os SCIP estão a trabalhar sete horas por dia, enquanto os da limpeza e higiene urbana seis", indicou o sindicalista.

Nuno Almeida lembrou que os trabalhadores do SCIP reivindicam há muito tempo uma jornada de trabalho igual aos seus colegas. Um novo horário, sublinhou, permitirá, por um lado, um serviço público de maior qualidade e, por outro, a salvaguarda do "direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar".

Os trabalhadores reivindicam igualmente um reforço de recursos humanos: “Estamos a falar de 16 trabalhadores que têm de conseguir cobrir toda a cidade. Lidam com pragas como ratos, baratas, pombos e abelhas, por exemplo. Este é um número claramente insuficiente para uma cidade como Lisboa.”

O sindicato lembrou que o SCIP intervém através de ações regulares e pontuais, na rede de esgotos e à superfície, no espaço público, no património municipal ou em habitações onde se verificam situações de insalubridade, a pedido das autoridades de saúde, juntas de freguesia ou outras entidades.

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