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Amêijoa ilegal no Tejo: imigrantes arriscam vida para receber entre 2 a 4 euros por cada quilo

Há quem defenda a legalização da atividade, que obrigue a um processo de deportação da própria amêijoa. Todos os anos cerca de 10 mil toneladas são retiradas do Tejo.

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Foi desmantelada em Portugal a maior rede de exportação de amêijoa. Um negócio ilegal que gera vários milhões de euros à custa da mão de obra imigrante no rio Tejo. Nos últimos dias morreram dois mariscadores e ainda há um desaparecido.

As autoridades já desistiram das operações de busca mas os amigos do Nepal por terra e mar continuam a varrer o Tejo. Ao ritmo da maré, centenas de imigrantes enfrentam todos os dias os riscos da apanha da amêijoa. Recebem entre 2 a 4 euros por cada quilo apanhado.

Envergonhado e impotente, como escreveu num artigo que publicou esta semana, D. Américo Aguiar foi ao Montijo. Quis ver com os próprios olhos, o local onde os imigrantes arriscam a vida. Chamou-lhe vítimas da exploração e da morte, pedindo medidas urgentes para pôr termo à situação.

Há quem defenda a legalização, que obrigue a um processo de deportação da própria amêijoa. Todos os anos cerca de 10 mil toneladas são retiradas do Tejo.

Só durante a tarde de quarta-feira, a Polícia Marítima apreendeu 11 toneladas. Nove pessoas foram constituídas arguidas, duas foram detidas.

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