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Operação Tutti Frutti: Ministério Público volta a fazer buscas na Junta de Freguesia do Areeiro

Elementos da Polícia Judiciária voltaram a fazer buscas na Junta de Freguesia do Areeiro, no âmbito da chamada Operação Tutti Frutti, um processo que investiga alegados esquemas de financiamento partidário ilegal em várias juntas de Lisboa. Em causa estão supostos conluios entre dirigentes autárquicos do PS e PSD, através de avenças, contratos públicos e ajustes diretos.

Operação Tutti Frutti: Ministério Público volta a fazer buscas na Junta de Freguesia do Areeiro
Getty Images

As suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e tráfico de influência voltaram a levar o Ministério Público à Junta lisboeta. Fernando Medina, Duarte Cordeiro, Luís Newton e Sérgio Azevedo serão alguns do políticos investigados, apesar de até agora ainda não terem sido constituídos arguidos mas, saliente-se, também não há previsão para o fim do processo.

O processo teve início em 2015 e três anos depois deu origem a uma operação de buscas a vários locais, entre os quais, vários serviços da Câmara de Lisboa e as Juntas de Freguesia de Santos António, Estrela e Areeiro, que agora voltou a ser alvo da investigação.

A Junta, dirigida pelo social-democrata Fernando Braancamp, confirmou à SIC a presença dos inspetores na tarde desta quinta-feira, a recolher documentação, facto também admitido hoje à SIC pela Procuradoria-Geral da República.

Em junho do ano passado, após a divulgação de escutas do processo e das críticas pelo arrastar do inquérito nas mãos da procuradora Andrea Marques, do DIAP Regional de Lisboa, a PGR emitiu um comunicado a dar conta do reforço da equipa de investigação:

“(…) integrada por cinco magistrados do Ministério Público e cinco inspetores da Polícia Judiciária, todos afetos em regime de exclusividade à conclusão da investigação. Atenta a natureza dos factos objeto do inquérito e da prova, a equipa será apoiada permanentemente por um especialista de perícia científica adstrito às pesquisas informáticas, encontrando-se ainda prevista a colaboração de um magistrado do MP especializado em direito administrativo e direito de contratação pública, na vertente autárquica”, lê-se no comunicado da PGR de 12 junho 2023.

Na altura, o processo já contava com quase 700 volumes e apensos.

No comunicado, a PGR previa que no final de 2023 já pudesse ser feita uma reavaliação da situação e indicar um prazo para o encerramento do inquérito mas, questionada agora pela SIC, o órgão máximo do Ministério Público volta a não se comprometer com uma data e diz que ainda há trabalho a fazer:

"A investigação, dirigida pelo DIAP de Lisboa, prossegue com a realização de diligências para obtenção de prova, nomeadamente a análise de documentação, bem como a inquirição de testemunhas."

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