O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, foi eleito esta terça-feira líder do grupo parlamentar social-democrata com 98,7% dos votos, segundo fonte oficial da bancada.
Na eleição, votaram 77 dos 78 deputados do PSD - faltou o parlamentar que substituirá José Cesário pelo círculo Fora da Europa - e registaram-se 76 votos a favor e um branco.
Aos jornalistas, manifestou a “honra, o orgulho, e a responsabilidade” que sente em ocupar o lugar e sublinhou a necessidade de dialogar com todas as forças parlamentares.
“Tenho muito presente a necessidade de diálogo com todas as forças parlamentares. É obrigação de todos assumir a sua responsabilidade. O PSD e a AD ganharam as eleições, têm responsabilidade de governar, mas o resultado [das eleições] disse também que temos de ter capacidade de dialogar com todos”, esclareceu.
Questionado sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, que na segunda-feira apelou a um diálogo com o Chega, e sobre como fica o “não é não” de Luís Montenegro, Hugo Soares fez questão de esclarecer.
“Diálogo com todos” não é um “acordo de governação com o Chega”
“Essa é uma questão repetida. Está mais que esclarecida. Quando Luís Montenegro disse ‘não é não’ - e cumpriu - referia-se a uma coligação pré-eleitoral ou a um acordo de governação com o Chega. É uma coisa diferente falar na necessidade de diálogo com todas as forças parlamentares com o objetivo de resolver a vida das pessoas”, disse.
Lembrou que “o país tem muitos problemas” e que, a partir de agora, deve falar-se “de uma vez por todas” daquilo que interessa.
Sobre a política de contas certas, Hugo Soares garantiu que o PSD “não leva lições de ninguém” e relembrou que o partido foi sempre chamado em “períodos de emergência financeira” para resolver problemas “sérios”.
“O grau de responsabilidade do Governo será máximo no que diz respeito às contas públicas.”