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Primavera traz poeiras do Saara, mas também subida das temperaturas

A primavera chegou esta quarta-feira e com ela o céu muito nublado e aguaceiros dispersos pelo território continental que, em algumas regiões, pode ser mais extremo. Ao mesmo tempo, é esperada a chegada das famosas "poeiras do Norte de África" já a partir desta quarta-feira,

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As poeiras vindas do norte de África estão de volta e devem deixar o céu mais escuro já esta quinta-feira. Passada a tempestade de poeiras, as temperaturas sobem deverão subir, podendo as máximas chegar aos 30 graus na sexta-feira.

A primavera chegou esta quarta-feira e com ela o céu muito nublado, aguaceiros dispersos pelo território continental e, em algumas regiões, pode até ser mais extremo.

“Localmente estes aguaceiros podem ser mais intensos, acompanhados de trovoada, rajadas de vento. Mas são situações dispersas e de grande incerteza na localização e no momento", afirma a meteorologista do IPMA Paula Leitão.

Ao mesmo tempo, é esperada a chegada das famosas "poeiras do Norte de África" já a partir desta quarta-feira, devido à passagem de uma depressão.

“Vemos ali na imagem de satélite que há uma depressão a sudoeste de Portugal. Está a transportar uma massa de ar instável para o nosso território. Vai trazer poeiras para Portugal continental mas estas poeiras vão encontrar-se a níveis bastante altos na atmosfera. Dão um aspeto opaco ao céu: em vez de estar azul brilhante fica um pouco mais acinzentado”, acrescenta a meteorologista.

Esta depressão vai deslocar-se para sul já na quinta-feira e, a partir de sexta-feira, a chuva deverá lugar ao calor. Uma subida a pique das temperaturas vai deixar o continente com máximas históricas para a altura do ano.

“Na sexta-feira atinge-se o dia com as temperaturas mais altas, que deverão rondar os 30 graus em vários locais do continente. Sábado ainda vai estar bastante quente e domingo também, mas já com temperaturas a aproximarem-se dos valores normais para esta altura do ano", finaliza.

Os meteorologistas têm vindo a alertar para as consequências do aquecimento global, avisando que se nada mudar, o que estamos a viver agora pode tornar-se um clima habitual, com fenómenos meteorológicos extremos a serem cada vez mais comuns.

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