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Professores obrigados a arranjar computadores ameaçam fazer greve às provas de aferição (e não só)

Os professores de informática decidiram avançar com um pré-aviso de greve a partir do dia 8 de abril. A paralisação pode colocar em risco as provas de aferição e os exames nacionais em formato digital. Os docentes queixam-se que estão a ser convocados para arranjar centenas de computadores avariados.

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Raul Macedo é professor de informática há mais de 20 anos e trabalha há 10 na Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos. Este ano, tem de disponibilizar tempo para arranjar computadores.

Naquela escola, num universo de 1.000 computadores fornecidos, 90 estão avariados. Por semana, há um técnico de informática que dá apoio durante uma tarde, mas não é suficiente e as avarias são, muitas vezes, complexas.

Sem técnicos para as arranjar, os professores são chamados a arregaçar as mangas e consertar os equipamentos tecnológicos. Em cada agrupamento escolar, chegam a ser centenas os computadores avariados.

O trabalho de arranjar computadores é contestado pela Associação Nacional de Professores de Informática e pela Fenprof que decidiram avançar com um pré-aviso de greve para as provas de aferição do 8.º ano e os exames nacionais do 9.º ano em formato digital.

Há quem defenda a realização de provas no modelo antigo, ou seja manuscritas, mas ainda não existem decisões nesse sentido.

A greve está prevista para 8 de abril e, se o problema persistir, poderá prolongar-se até final do ano letivo.

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