Pela primeira vez em seis anos, a taxa de abandono escolar aumentou em Portugal. A subida de 1,5 pontos percentuais, no ano passado, sentiu-se sobretudo na região do Algarve, a mais afetada por este problema.
A SIC foi conhecer um agrupamento que tem em vigor um plano com medidas para prevenir que os alunos saiam da escola sem concluírem os estudos.
Numa altura em que as escolas portuguesas acolhem cada vez mais alunos estrangeiros, as diferenças nos vários sistemas educativos ajudam a explicar a trajetória do abandono escolar no país.
Portugal foi dos países na União Europeia onde o abandono escolar desceu mais rapidamente em décadas. Deve-se sobretudo à entrada em vigor da escolaridade obrigatória.
O plano com medidas anti abandono escolar, criado pelo agrupamento de escolas Dom Dinis, em Quarteira, mostra a urgência em resolver este problema. Depois das aulas há projetos inovadores que procuram dar as respostas que o modelo convencional não consegue.
O ministro da Educação, João Costa, diz estar atento, mas por agora pouco preocupado com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística. No ano passado, 8% dos alunos entre os 18 e os 24 anos não concluíram os estudos.
"A diversa oferta de cursos permite que na adolescência, os alunos possam encontrar respostas mais adequadas ao seu perfil. Porque para muitos alunos, a questão que se colocava era que não queriam estudar mais e queriam trabalhar. E aquilo que nós conseguimos mostrar ao país é que eles são melhores trabalhadores se estudarem”, afirmou o governante.
Assim que um aluno começa a faltar com frequência, a situação deve sinalizada para que a escola juntamente com a educadora social encontre uma solução. Atualmente mais de 100 agrupamentos no país têm total autonomia para implementarem planos de inovação.