Com o vencedor das eleições definido, e conhecida a posição do Presidente da República sobre a indigitação de Luís Montenegro para primeiro-ministro, o órgão de decisão política do PS vai reunir-se para aprovar oficialmente a passagem do partido à oposição sem cedências, assumida na noite das eleições.
Para a primeira reunião da comissão política pós-eleições, Pedro Nuno Santos já deixou também a garantia de que o novo caminho começou na noite da derrota.
Alexandra Leitão, uma das principais dirigentes socialistas, disse ao Expresso que o partido não viabilizará orçamentos do Estado, nem sequer pela abstenção, depois do líder ter assegurado que o PS não vai dividir-se entre os que querem e os que não querem viabilizar as medidas de Luís Montenegro.
Pedro Nuno Santos só garante que não vai votar a favor de moções de rejeição ao programa de um governo com maioria à direita. E aos partidos de esquerda, que ainda sonham com uma alternativa, já cortou todas as ilusões.
Eis o novo PS, que continuará a ser liderado por Pedro Nuno Santos e quer partir à conquista dos que agora votaram em André Ventura.
Seja qual for o resultado final das eleições, a estratégia para ser votada na comissão política dos socialistas está estabelecida desde a noite das eleições.