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Estado gastou 66 milhões de euros em aeronaves que chegaram até setembro

No total do ano passado foram assinados 14 contratos, oito através de concurso público e seis por ajuste direto. Para este ano, já estão garantidas 41 aeronaves e, ainda este mês, deverá ser assinado mais um contrato para a contratação de mais 16.

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O Estado gastou 66 milhões de euros no ano passado para alugar aeronaves de combate aos incêndios, mas os helicópteros e os aviões só chegaram em setembro depois do período crítico dos fogos. Para este ano, a Força Aérea diz que já garantiu 41 aeronaves e admite recorrer a ajustes diretos.

O Estado foi obrigado a gastar mais dinheiro no combate aos incêndios no ano passado.

Estava previsto que 72 aeronaves estivessem prontas a serem utilizadas a 1 de junho, mas na realidade só 27 estavam disponíveis a 15 de maio. Altura em que deveriam ter estado 34 helicópteros e aviões no combate aos incêndios.

Os 72 aparelhos previstos para o período do verão só estiveram todos no terreno a 6 de setembro, a três semanas do fim daquela que é considerada a pior época dos incêndios rurais em Portugal.

Nos concursos públicos lançados no ano passado, as empresas apresentaram valores superiores ao teto máximo previsto pelo Governo.

As empresas justificam esta subida com a inflação, os preços das peças dos helicópteros com o combustível, os salários dos pilotos e os seguros.

Por isso, o Ministério da Defesa viu-se obrigado a subir até 70% o preço máximo dos lotes a concurso para conseguir alugar os meios aéreos.

Custaram aos cofres do Estado 66 milhões de euros.

No total do ano passado foram assinados 14 contratos, 8 através de concurso público e 6 por ajuste direto.

Em declarações ao Jornal Público, a Força Aérea Portuguesa diz que para este ano já garantiu 41 aeronaves, 31 helicópteros e 10 aviões.

Ainda este mês, deverá ser assinado mais um contrato para a contratação de mais 16 aeronaves.

Será ainda lançado um novo concurso para alugar dois aviões de coordenação e ficam a faltar entre 13 e 17 meios aéreos, mas o dispositivo de combate a incêndios para este ano ainda não está fechado e pode chegar aos 76 aparelhos.

Para garantir que estão preparados para fazer face a qualquer situação, a Força Aérea Portuguesa admite que poderá recorrer novamente a ajustes diretos
e ao mercado internacional.

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