Os trabalhadores do Arsenal do Alfeite, em Almada, estiveram esta quarta-feira de manhã em protesto por melhores salários e mais profissionais nos estaleiros. Queixam-se que nos últimos 15 anos os sucessivos governos deixaram de investir.
Desde o submarino tridente, a fragatas e até a um navio da Marinha de Marrocos, são várias as embarcações militares que estão a ser reparadas neste momento no Alfeite.
“Estamos preocupados porque as pessoas vão saindo, não vão entrando e os contratos vão sendo assumidos e não temos meios para cumprir as tarefas”, diz à SIC um dos trabalhadores.
Os funcionários dizem que, desde 2009, altura em que o arsenal passou a sociedade anónima, o número de trabalhadores reduziu drasticamente. Apontam falta de materiais, especialização e uma requalificação do estaleiro, que há muito é prometida.
Chegaram a trabalhar no Arsenal do Alfeite mais de 1000 pessoas. Hoje são cerca de 400. A média de idade ronda os 40 anos e o salário os mil euros.
Mesmo em altura de campanha, dizem que o momento é o indicado para reivindicar. Independentemente do Governo que tomar posse a partir de 10 de março, prometem fazer lembrar o próximo ministro da Defesa de tudo o que foi prometido e até agora ficou por cumprir.